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Pesquisadores desenvolvem canudo que detecta metanol em bebidas adulteradas

Pesquisadores desenvolvem canudo que detecta metanol em bebidas adulteradas

O canudo é impregnado com uma substância reagente que muda de cor ao entrar em contato com o metanol. O desenvolvimento do canudo conta com a parceria do Laboratório de Instrumentação Industrial da UEPB

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 10:00

Bebida alcoólica, álcool, metanol
Segundo os pesquisadores, os testes indicaram uma chance de acerto de 97% Crédito: TV Gazeta/Reprodução

Pesquisadores da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) desenvolveram um canudo que pode detectar a presença de metanol em uma bebida. O canudo é impregnado com uma substância reagente que muda de cor ao entrar em contato com o metanol. O desenvolvimento do canudo conta com a parceria do Laboratório de Instrumentação Industrial da UEPB. Segundo os pesquisadores, os testes indicaram uma chance de acerto de 97%.

De acordo com o professor de química da UEPB Railson Oliveira, o projeto proporciona uma solução rápida com um kit de baixo custo para verificação rápida, em meio à alta nas notificações de intoxicação por metanol no país. "Essa identificação é qualitativa. Ela não diz quanto tem de metanol, apenas se ele está presente ou ausente", disse. 

O protótipo de canudo criado pelos pesquisadores está em processo de patenteamento no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Segundo o pesquisador Félix Brito, que também está envolvido no projeto, duas empresas já demonstraram interesse em fabricar o produto. No começo do mês, uma comitiva liderada pela reitora da UEPB Célia Regina se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), para apresentar o projeto, dentre outras iniciativas da universidade.

A produção do canudo é uma nova etapa em uma pesquisa que acontece desde 2023, desde antes da crise das bebidas adulteradas, no Departamento de Química e do Programa de Pós-graduação em Química da UEPB. Esse primeiro projeto consiste no uso de luz infravermelha para verificar se uma bebida foi adulterada, mesmo sem abrir a garrafa. A luz altera o movimento das moléculas presentes no líquido, e as vibrações são registradas por e interpretadas por um software. O sistema identifica a presença de metanol, assim como etanol veicular e água adicionada para diluição.

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