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Parte da ciclovia Tim Maia desaba após forte chuva que atingiu o Rio

Parte da ciclovia Tim Maia desaba após forte chuva que atingiu o Rio

Esse é o segundo trecho que desaba desde a inauguração

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 17:36

Ciclovia Tim Maia desaba novamente no Rio Crédito: Reprodução/GloboNews

A forte chuva que deixou a cidade em estado de crise durante a madrugada provocou o desabamento de um trecho da ciclovia Tim Maia, na altura de São Conrado. De acordo com o Centro de Operações Rio, equipes da Defesa Civil seguem para o local, mas até o momento apenas Guardas Municipais fazem a interdição do trecho com cones. A parte que desabou fica na praia de São Conrado.

"O solo cedeu, e o importante é que as pessoas não cheguem perto, pois o chão está molhado e ainda pode ceder mais. A Defesa Civil já foi acionada para fazer uma análise da situação", explicou o secretário da Casa Civil, Paulo Messina.

Alguns curiosos circulam pelo local. Um dos primeiros moradores de São Conrado a ver o acidente foi o estudante Francisco Torres, de 15 anos. Ele chegou às 7h na praia para surfar e conta que a estrutura já havia desabado.

"Cheguei umas 7h e já tinha desabado. Um agente da CET-Rio chegou logo depois. Às vezes uso a ciclovia para ir à Barra de bicicleta. Fico com medo de uma nova queda", diz o estudante.

Esse é o segundo trecho da ciclovia que desaba desde a sua inauguração. Em abril de 2016, uma forte onda atingiu a estrutura, que caiu e duas pessoas que passavam pelo local morreram. Agora, moradores de São Conrado tomem novas tragédias na já desacreditada estrutura.

"Fiquei surpresa. É o nosso dinheiro. Serviço mal feito. Mais dinheiro vai ser gasto com obra. Eu nunca ando. Tenho medo de andar desde que teve o primeiro acidente", afirma Maria do Socorro, de 64 anos, aposentada.

Já a cozinheira Lucenilda Gomes, de 37 anos, diz que não correrá mais pela ciclovia:

"Sempre corro na ciclovia. Agora a gente vai ficar preocupado. Mesmo que façam obra eu não vou mais andar na ciclovia. O jeito é correr só na orla de São Conrado", afirma ela.

Em nota, a secretaria de Urbanismo afirmou que técnicos da GeoRio vão investigar as causas da queda da estrutura:

"O solo abaixo da ciclovia cedeu por conta de uma erosão causada por infiltração de águas pluviais (chuva). Técnicos da GeoRio vão investigar a causa da perda do grande volume de material geológico, que não é comum naquela região apesar do grande volume de chuva registrado ontem. O trecho destruído é de 30 metros de comprimento. A empresa responsável pela obra(Odebrecht) já foi acionada para fazer os reparos imediatos sem custos aos cofres municipais uma vez que a obra está na garantia. A ciclovia, que é fechada em alertas de temporal e ressaca, permanecerá interditada até o fim da investigação."

TEMPORAL E CAOS NO RIO DE JANEIRO

Mais cedo, uma queda de árvore na altura de Ramos fechou a pista lateral, sentido Rio, da Avenida Brasil. A Linha Vermelha também teve problemas, e o trânsito é bastante complicado nas vias expressas, e a orientação da prefeitura é para que as pessoas não saiam de casa.

"Quem não precisar sair de casa pela manhã fique em casa", afirmou Messina.

Durante a madrugada, um dirigível caiu e provocou o fechamento do Ramal de Santa Cruz dos trens. Há problemas também nos ramais de Belford Roxo e Deodoro. O VLT também está parado, e o BRT está com problemas para circular pela falta de motoristas e as ruas alagadas.

O Hospital Lourenço Jorge ficou sem luz, e parte do prédio ficou alagado. A cidade do Rio entrou em estágio de crise por volta de 0h25m desta quinta-feira. Os ventos chegaram a 93,2 Km/h, e duas pessoas morreram num desabamento em Quintino. Parte de uma casa em Cachambi também desabou. O Rio só voltou ao estágio de Atenção às 5h30.

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