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Nova cesta básica deixa de fora alimentos ultraprocessados; veja lista

Nova cesta básica deixa de fora alimentos ultraprocessados; veja lista

Decreto do governo federal determina a inclusão de itens in natura ou minimamente processados para reduzir doenças, melhorar qualidade de vida, gerar renda a pequenos produtores e proteger o meio ambiente

Publicado em 7 de março de 2024 às 09:07

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A cesta básica de alimentos do brasileiro vai ficar mais diversificada e saudável, além de incentivar sistemas de produção sustentáveis. O decreto com a lista dos itens foi publicada nesta quarta-feira (6) no Diário Oficial da União e faz parte de um pacote de medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para garantir o direito à alimentação adequada e combater a fome. 

Com a medida, foram inseridos na cesta mais alimentos in natura ou minimamente processados. O intuito é evitar a ingestão de alimentos ultraprocessados, que, conforme apontam evidências científicas, aumentam a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer.

Com a nova composição, a cesta básica será composta por alimentos de dez grupos diferentes: 

  • feijões (leguminosas); 
  • cereais; 
  • raízes e tubérculos; 
  • legumes e verduras; 
  • frutas; 
  • castanhas e nozes (oleaginosas); 
  • carnes e ovos; 
  • leites e queijos; 
  • açúcares, sal, óleo e gorduras; 
  • café, chá, mate e especiarias.

Feira de alimentos orgânicos é alternativa para consumo de produtos mais saudáveis
Feira de alimentos orgânicos é alternativa para consumo de produtos mais saudáveis. (Seag/ Divulgação)

O Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) conduziu a elaboração da proposta e, em parceria com órgãos e entidades federais que atuam na área de segurança alimentar e nutricional, deverá publicar guias, manuais informativos e outros documentos que orientem a composição da cesta básica em relação à quantidade e à combinação de alimentos.

A mudança também visa criar sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis e promover a proteção de uma alimentação adequada e saudável, da saúde, do meio ambiente, e a geração de renda para pequenos produtores rurais. Sempre que possível, deverão ser priorizados alimentos agroecológicos, produzidos na mesma região em que serão consumidos e oriundos da agricultura familiar.

Os critérios adotados para compor a cesta levam em conta os benefícios à saúde, a sustentabilidade, o respeito à sazonalidade, à cultura e às tradições locais, a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade, e a garantia da variedade de alimentos in natura e minimamente processados.

O decreto ainda recomenda que os Estados, os municípios e o Distrito Federal utilizem as diretrizes e regras para orientar suas ações relacionadas à alimentação saudável e à segurança alimentar.

Combate à fome

Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) apontaram que, ao final de 2022, mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome e mais de 125 milhões não tinham acesso regular e permanente à alimentação adequada.

Em agosto do ano passado, o MDS lançou o Plano Brasil Sem Fome, iniciativa que reúne os esforços de 24 ministérios em 80 ações e programas e com mais de 100 metas, entre elas, a proposição de uma cesta básica alinhada com o novo ciclo de políticas públicas de combate à fome e à pobreza.

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