Publicado em 24 de agosto de 2019 às 21:24
O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar suspeita de enriquecimento ilícito do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. >
A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo neste sábado (17). >
De acordo com o jornal, a investigação está concentrada no período entre 2012 e 2017, quando alternou a atividade de advogado com cargos no governo paulista. >
A Justiça já negou duas vezes pedidos da Promotoria para a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro. >
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A investigação começou em julho, após a representação de uma empresa chamada Sppatrim Administração e Participações. A empresa levantou suspeita sobre a evolução patrimonial do ministro, com base nas próprias declarações de bens que ele prestou à Justiça Eleitoral. >
Salles foi candidato a vereador de São Paulo pelo PSDB em 2012, sem ser eleito. Na época, ele declarou R$ 1,4 milhão em bens, 10% de um apartamento, um carro e uma moto. Em 2018, quando tentou ser deputado federal pelo Novo, a declaração foi de R$ 8,8 milhões, dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco de R$ 500 mil. O aumento foi de 335%. >
O ministério afirmou ao jornal, em nota, que "patrimônio e os rendimentos do ministro foram sempre declarados adequadamente à Receita Federal". Além disso, afirmou que "a própria representação não traz nada diferente do que nelas constam". >
A reportagem procurou o Ministério Público, que afirmou que não falaria sobre o caso por estar em segredo de Justiça. Nenhum representante do Ministério do Meio Ambiente foi localizado neste sábado. >
No período investigado, Salles atuou em cargos no governo estadual. Foi secretário particular do ex-governador Geraldo Alckmin em 2013 e 2014. Na mesma gestão, entre 2016 e 2017, foi secretário do Meio Ambiente. Neste período, recebeu entre R$ 12 mil e R$ 18 mil. >
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