Publicado em 25 de agosto de 2021 às 16:31
O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira (25), em webinar promovido pelo Instituto General Villas Boas, que a sustentabilidade representa uma ameaça à soberania nacional do Brasil. "Quando a gente vê discurso de líderes de países estrangeiros sobre a Amazônia, é uma intervenção", disse. >
Para Mourão, que também é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, as críticas à política ambiental do atual governo fazem parte de propaganda da comunidade internacional contra o País. "A propaganda é uma forma de intervenção na nossa soberania. Existe uma confluência de interesses. É aquela articulação da esquerda mundial contra o governo Bolsonaro porque é um governo de direita", declarou durante sua exposição.>
Ele se opôs ao que chamou de "interdependência econômica" por, em sua visão, limitar o campo de atuação do País dentro de seus próprios domínios, mas defendeu que nações industrializadas paguem ao Brasil por "serviços ambientais" de conservação.>
"Se eu tenho esse território protegido que captura toneladas de carbono, eu tenho que receber o recurso disso. Aí eu tenho condições de colocar o investimento correto para o ribeirinho, que vai manter a gleba em condições e receber um salário digno que o permita ter uma renda e viver em melhores condições", disse.>
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Mourão também atacou entidades do terceiro setor e as associou a "interesses pouco republicanos" e ao que considera um ambientalismo radical. No entanto, admitiu a existência de problemas relacionados aos ilícitos ambientais no território que compreende a Amazônia e projetou redução de 40% do desmatamento na região para o mês de agosto.>
O vice também defendeu papel de liderança do Brasil na região em discussões dos temas de interesse global. "Nosso destino manifesto é ser a democracia liberal mais próspera ao sul do Equador", declarou no evento, que conta também com a participação de defensores de pontos de vista opostos ao consenso científico em torno das mudanças climáticas, como o general Luiz Eduardo Rocha Paiva, diretor de geopolítica e conflitos do Instituto Sagres.>
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