Publicado em 30 de julho de 2020 às 14:57
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro rebateu mais uma vez as alegações do Procurador-Geral da República, que falou em "caixa de segredos" da força-tarefa em Curitiba. >
Em seu perfil no Twitter, Moro disse que, confrontado, Aras "nada tem de concreto" sobre os supostos desvios da força-tarefa Na postagem feita na noite desta quarta (29) o ex-juiz federal afirmou ainda que a base de dados da operação em Curitiba é 'extensa' - segundo Aras têm 450 terabytes de informações e dados de 38 mil pessoas - em razão de a Lava Jato ser a "maior investigação sobre corrupção do mundo".>
Na manhã desta quarta (29) Moro já havia afirmado "desconhecer segredos ilícitos" da operação que comandou por mais de quatro anos, destacando que a mesma "sempre foi transparente" e teve decisões confirmadas por tribunais superiores.>
Em transmissão ao vivo realizada nesta terça (28) Aras disse que a Lava Jato teve um papel relevante, mas, segundo ele, "deu lugar a uma hipertrofia". O PGR chegou a dizer que é necessário corrigir desvios e superar o chamado 'lavajatismo'. Sobre os dados da força-tarefa de Curitiba, o PGR afirmou: "Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios. Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos", afirmou.>
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As alegações do PGR, feitas em transmissão ao vivo do Grupo Prerrogativas, motivaram reações de diferentes integrantes do Ministério Público Federal. As força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e São Paulo chamaram os ataques de Aras de "genéricos", "declarações infundadas" e "ilações". >
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) também se manifestou, tecendo elogios à Lava Jato e repreendendo "tentativas de enfraquecimento da sua atuação". A associação destacou ainda que o trabalho dos procuradores é submetido à avaliação contínua da Corregedoria do MPF e do Conselho Nacional do Ministério Público.>
"Neste ano, aliás, houve correição em todas elas, não havendo sido identificado qualquer fato que autorize a desqualificação do trabalho por elas realizado e muito menos a imputação de pechas de ilegalidade e/ou clandestinidade em sua atuação", diz o texto.>
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