Publicado em 5 de maio de 2023 às 19:46
BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou 38 senadores a visitarem o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres, que está preso no batalhão da Polícia Militar, em Brasília (DF). Mas barrou a ida de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES) porque "condutas" dos dois parlamentares são alvo de investigação em inquéritos que tramitam na corte.>
"Indefiro, por sua vez, a visita dos senadores Marcos do Val e Flávio Bolsonaro, tendo em vista a conexão dos fatos apurados no presente Inquérito com investigações das quais ambos fazem parte", afirmou Moraes.>
Ex-ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro, Torres é alvo de investigação por suposta omissão frente às ameaças de ataques golpistas em janeiro. Na ocasião, ele era secretário de Segurança do Distrito Federal. O ex-ministro está preso há três meses por determinação de Moraes.>
A defesa tentou, sem sucesso, liberdade para Torres. No fim do mês passado, na decisão em que manteve a prisão do ex-ministro, Moraes disse que o quadro probatório contra Torres não se alterou e não havia razões jurídicas para sua revogação ou substituição por medidas cautelares diversas.>
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Nesta sexta (5), Moraes decidiu manter Torres preso no batalhão da Polícia Militar, em Brasília, por não ver necessidade de transferência para o hospital penitenciário.>
Ele também apontou suposta conduta omissiva de Torres na permanência do acampamento dos manifestantes no SMU (Setor Militar Urbano) e no risco gerado por ele nos atos golpistas de 8 de janeiro.>
Moraes acrescentou que houve depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontaram fortes indícios de sua participação na elaboração de uma suposta 'minuta golpista' e em uma 'operação golpista' da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no segundo turno das eleições presidenciais de 2022".>
A minuta golpista mencionada por Moraes é uma proposta de decreto para o então presidente Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O objetivo era reverter o resultado da eleição em que Lula saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional. >
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