Publicado em 20 de abril de 2023 às 15:09
BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), seja ouvido pela Polícia Federal no prazo de 48 horas.>
Em decisão divulgada nesta quinta-feira (20), Moraes também determinou que sejam identificados todos os militares que aparecem nas imagens divulgadas pela CNN Brasil durante a invasão da sede da Presidência da República e que mostram uma ação colaborativa de agentes com golpistas e a presença de Gonçalves Dias no local.>
O ministro pediu demissão do cargo na tarde desta quarta (19) após a divulgação das imagens que colocam em xeque a atuação do órgão durante o ataque golpista de 8 de janeiro.>
Na gravação, os golpistas receberam água dos militares e cumprimentaram agentes do GSI durante os ataques. Nos vídeos, o próprio general Gonçalves Dias circula pelo terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República, enquanto os atos ocorriam no andar de baixo.>
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A queda do comandante do GSI deve tornar inevitável a criação de uma CPI no Congresso sobre os atos golpistas.>
Nesta quinta (20), o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que a divulgação das imagens sobre o 8 de janeiro e a consequente demissão do general Gonçalves Dias do comando do GSI configuram uma "nova situação política".>
Segundo ele, o governo do presidente Lula (PT) tem orientado os líderes no Congresso Nacional a apoiarem a instalação de uma CPI para investigar os ataques aos três Poderes para, segundo ele, barrar a propagação de falsas teses sobre os atos golpistas daquele dia.>
Padilha disse estranhar que as imagens trazem borrados os rostos dos demais agentes que foram mostrados dentro do Palácio do Planalto, mas que o mesmo tratamento não foi dado ao general.>
"Inclusive me estranha muito alguns agentes militares estarem com as imagens borradas nos seus rostos para não serem reconhecidos e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito", acrescentou.>
Uma semana após os ataques de 8 de janeiro, porém, o governo divulgou vídeos editados, em particular com trechos que evidenciavam que os militantes eram aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).>
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