Publicado em 1 de maio de 2018 às 23:41
Os moradores do prédio que desabou no Largo do Paissandu, Centro de São Paulo, relatam que pagavam aluguel de até R$ 400 a dois supostos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM). De acordo com testemunhas, ambos sumiram assim que o fogo começou.>
"Foram os primeiros a fugir", grita Antônio, um rapaz de boné, muito agitado, morador do local. "Eles moravam no térreo. Deu tempo até de tirar os carros da garagem".>
De acordo com os moradores, as regras no local eram bastante rígidas. Ele relembram que o fornecimento de água só era liberado de madrugada e que os portões eram trancados às 19h.>
"Estava tudo trancado na hora do fogo. Se não fosse um morador de rua arrebentar a corrente, a gente teria morrido lá dentro", diz Fábia.>
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Os "responsáveis" pelo edifício chegaram a expulsar moradores que atrasavam ou não pagavam corretamente o aluguel.>
"Fui expulsa há duas semanas porque atrasei R$ 100 do aluguel. Sendo que o prédio é infestado de rato, não tem esgoto nem descarga", conta Bárbara Nair, de 19 anos.>
INÍCIO DAS CHAMAS>
O fogo começou num apartamento do 5º andar, por volta de 1h20m, e se espalhou rapidamente, atingindo um edifício vizinho. De acordo com uma testemunha, uma briga de casal pode ter iniciado as chamas. A testemunha Gabriel Archangelo, de 21 anos, afirmou que marido e mulher cozinhavam com álcool quando a discussão começou.>
A Defesa Civil está no local fazendo o cadastramento de 150 famílias que moravam, de forma precária, no prédio que desabou. O edifício, de acordo com testemunhas, é uma antiga instalação da Polícia Federal, que estava desativada e foi ocupada por essas pessoas.>
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