Publicado em 10 de julho de 2022 às 15:26
SÃO PAULO - O ex-presidente e pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste domingo (10) o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, 50, morto a tiros pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho durante festa de aniversário da vítima, em Foz do Iguaçu (PR). Além de Lula, outros políticos fizeram críticas à violência, como o também presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE), o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL).>
A Polícia Civil ainda investiga se o crime teve motivação política. A festa de Arruda era decorada com fotos de Lula e as cores do PT, partido ao qual o guarda era filiado. Segundo o boletim de ocorrência, Guaranho invadiu o local acompanhado da esposa e do filho gritando "Aqui é Bolsonaro".>
O aniversariante não conhecia o agente penitenciário, que retornou à festa cerca de 20 minutos depois, sozinho e armado, e disparou contra Arruda. O guarda revidou e efetuou disparos contra Guaranho. Os dois não sobreviveram aos ferimentos.>
Pelas redes sociais, Lula afirmou que Arruda comemorava a chegada dos 50 anos "com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha". O guarda municipal deixou mulher e quatro filhos, incluindo um bebê.>
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"Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda", disse Lula.>
O ex-presidente também pediu "compreensão e solidariedade" com os familiares de Guaranho, "que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável", referindo-se a Jair Bolsonaro (PL).>
"Pelos relatos que tenho, Guaranho não ouviu os apelos de sua família para que seguisse com a sua vida. Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz", disse Lula.>
O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) também reagiram ao assassinato do guarda municipal em Foz do Iguaçu (PR).>
Ciro disse que o ódio político precisa "ser contido", citando a morte de "dois pais de família" fruto de uma "guerra absurda, sem sentido e sem propósito". "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas ">
O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que foi ministro de Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, também repudiou o que classificou como violência política, sem fazer qualquer referência direta ao caso, em manifestação na sua página oficial no Twitter. "Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso.">
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) destacou que a morte de um militante do PT em Foz do Iguaçu em sua festa de aniversário de 50 anos é um reflexo da postura do presidente Jair Bolsonaro, que para ele estimula a violência no País. >
"O assassinato de um líder sindical e dirigente partidário por um bolsonarista, mais que covardia, é tempestade gerada na usina de ódio e intolerância que Bolsonaro instila todo dia no coração dos brasileiros", apontou Renan Calheiros em uma mensagem na sua conta no Twitter. "Esse facínora precisa ser derrotado no primeiro turno.">
Com informações da Agência Estado>
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