Publicado em 26 de setembro de 2019 às 19:18
No começo de setembro, manchas de óleo começaram a aparecer em praias do nordeste. De lá para cá, as manchas foram identificadas em pelo menos 105 locais de 46 municípios em oito estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.>
Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a análise das amostras do óleo feitas pela Petrobras e pela Marinha revelou que a substância é petróleo e não é de origem brasileira. Em nota, a Petrobras afirma que o material encontrado não é produzido e nem comercializado pela empresa, mas explica como a análise foi feita.>
A fauna também foi afetada pela presença do óleo. Em cinco estados, foram encontradas mortas seis tartarugas marinhas e uma ave (Bobo-pequeno). Outras duas tartarugas foram resgatadas com vida.>
O Ibama pediu ajuda da Petrobras para limpar as praias atingidas, e a empresa deve destacar cem funcionários para a função.>
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Em nota, o órgão aponta que a situação no Rio Grande Norte, estado em que manchas foram vistas em pelo menos 43 localidades, está estável e que o grupo de comando das investigações foi transferido para o Maranhão, onde o surgimento de novas manchas já foi relatado em pelo menos dez locais.>
O texto ainda aponta que "não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos" e que a avaliação da qualidade do pescado nas regiões atingidas para consumo humano é de responsabilidade dos órgãos de vigilância sanitária.>
Eduardo Elvino, diretor de controle de fontes poluidoras CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente) que estuda o problema desde o início de setembro, em parceria com a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), diz que será possível dizer com precisão onde ocorreu o vazamento ou o descarte do óleo dentro de no máximo 20 dias.>
Nessa investigação os pesquisadores utilizam o que Elvino chamou de modelagem matemática associada à análise de correntes marítimas e de direção e velocidade do vento. Com essas informações foi possível afirmar que as manchas de petróleo estão se deslocando 30 cm por hora.>
Além disso, Elvino aponta que as manchas não seguirão, necessariamente, para a Bahia e o Sudeste. A tendência é que o óleo siga para o norte do país.>
O Ibama orienta que banhistas e pescadores não entrem em contato com o óleo e que, se identificarem o material, notifiquem a prefeitura. Caso cidadãos encontrem animais com óleo, devem acionar órgãos ambientais. Esses animais não devem ser lavados e devolvidos ao mar.>
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