Publicado em 27 de outubro de 2018 às 18:13
Em decisão assinada pelo juiz Douglas Marcel Peres , a Justiça Eleitoral do Paraná advertiu na sexta-feira (26) a produtora T4F e o roqueiro Roger Waters , que faz show hoje à noite, a partir das 21h30, em Curitiba, sobre a necessidade de evitar manifestações político-partidárias após às 22h. Ex-integrante da banda de rock progressivo Pink Floyd, Waters está em turnê pelo Brasil desde o dia 9 de outubro, quando fez sua primeira apresentação em São Paulo, na Arena Palmeiras.>
No pedido enviado à produtora, ao artista e sua equipe, o Ministério Público Eleitoral pede para que sejam evitadas "manifestações de cunho político que traduzam propaganda, a favor ou contra (ainda que não haja citação explícita de nomes, como a hashtag já citada) aos candidatos do processo eleitoral em curso, vez que a inobservância do horário, com a repetição de conduta pública fartamente noticiada pela mídia, gerará consequências no espectro criminal-eleitoral".>
Em resumo, se Waters repetir o que fez nos shows de São Paulo, Rio e Bahia, exibindo no telão citações de Jair Bolsonaro como neofascista, a hashtag #Elenão ou outro tipo de manifestação, pode ser preso . O documento, um pedido do MPE que foi acatado pelo juiz Peres, explica que a legislação eleitoral brasileira impede qualquer manifestação partidária depois das 22h do dia anterior ao pleito.>
"Depois desse horário e até a meia-noite, há uma restrição para manifestação pública em prol ou contra candidatos a cargos eletivos, transgressão essa sujeita a multa", escreve. A advertência foi estendida a outros shows que acontecerão na capital paranaense neste fim de semana.>
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PEDIDO DE INELEGIBILIDADE>
Na sexta-feira (27), a campanha Bolsonaro pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma investigação para apurar se houve propaganda irregular favorável a seu adversário no segundo turno , Fernando Haddad ( PT ), durante os shows de Roger Waters. Os advogados de Bolsonaro também solicitaram que, ao fim do processo, Haddad e sua candidata a vice, Manuela D'Ávila ( PCdoB ), sejam declarados inelegíveis por oito anos e tenham seu registros de candidatura ou diplomas eleitorais (caso sejam eleitos) cassados.>
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