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'Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026', brinca Bolsonaro com Moraes

'Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026', brinca Bolsonaro com Moraes

Ministro do STF declina após sugestão de ex-presidente, que foi interrogado nesta terça (10) no Supremo

Publicado em 10 de junho de 2025 às 16:56

BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) brincou com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o depoimento que presta na tarde desta terça-feira (10) na condição de réu da trama golpista.

"Poderia fazer uma brincadeira? Eu perguntaria ao meu advogado. Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026", afirmou Bolsonaro, que está inelegível até 2030, após condenação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Moraes respondeu: "Eu declino".

Ex-presidente Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF
Bolsonaro disse que não era o único a criticar as urnas eletrônicas. Crédito: Ton Molina/STF

O depoimento de Bolsonaro começou às 14h33. Ele levou um exemplar da Constituição para a mesa de depoimento e o levantou enquanto discursava sobre não ter atentado contra a democracia.

O ex-presidente disse ainda que não era o único a criticar as urnas eletrônicas. Ele disse que usava a retórica contra o sistema eletrônico de votação desde 2012.

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.

Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.

Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e anular as eleições.

A defesa de Bolsonaro nega a participação do ex-presidente em crimes e argumenta, entre críticas à denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), que não há provas de ligação entre a suposta conspiração iniciada no Palácio do Planalto, em junho de 2021, e os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023.

A PGR acusa Bolsonaro de ser o líder da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado após a eleição de Lula (PT) à Presidência da República.

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