Publicado em 6 de outubro de 2020 às 20:59
Dados da CPMI das Fake News mostrados pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) à Polícia Federal ligariam Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pessoalmente ao esquema de ataques virtuais contra opositores da família. >
Em depoimento à Polícia Federal prestado na semana passada, no dia 29 de setembro, e obtido pela reportagem, Frota levou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio que teriam sido identificados como participantes de ações de disseminação de fake news na internet.>
Segundo o parlamentar, os IPs estão ligados a um email oficial do filho do presidente.>
A reportagem procurou Eduardo Bolsonaro, que não respondeu até a publicação deste texto.>
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De acordo com Frota, as informações foram obtidas na CPMI das Fake News, ainda em andamento no Congresso.>
Segundo os dados levados à PF, alguns dos IPs foram identificados em computadores localizados em um imóvel no Rio de Janeiro na avenida Pasteur, no apartamento declarado por Eduardo à Justiça Eleitoral.>
Um outro IP foi relacionado a uma casa no Jardim Botânico, em Brasília, onde o deputado mora.>
O email identificado na utilização dos IPs, de acordo com Frota, é o [email protected], o mesmo declarado por Eduardo no registro de sua candidatura em 2018.>
Reportagem publicada em março no UOL mostrou pela primeira vez vínculos do gabinete de Eduardo Bolsonaro com ataques virtuais.>
Atualmente fora do ar, a página Bolsofeio tinha como principais alvos os ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e jornalistas. Ela também convocava manifestações contra o STF e a favor de Bolsonaro.>
A reportagem mostrou que a página foi criada a partir de um computador localizado na Câmara dos Deputados e foi registrada a partir de um telefone utilizado pelo secretário parlamentar de Eduardo Bolsonaro, Eduardo Guimarães.>
As informações foram enviadas pelo Facebook à CPMI das Fake News no Congresso, a partir de um pedido de quebra de sigilo referente a contas feito pela comissão.>
O depoimento de Frota foi colhido pela PF no inquérito que apura atos antidemocráticos. A investigação corre no STF, sob os cuidados de Alexandre de Moraes.>
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