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'Esses palanques aqui vão ser uma anomalia', diz Magno Malta

"Esses palanques aqui vão ser uma anomalia", diz Magno Malta

Senador afirma que se mantém candidato à reeleição e fala da dificuldade de costurar alianças, considerando que sua prioridade é apoiar Jair Bolsonaro

Publicado em 14 de julho de 2018 às 19:24

Senador Magno Malta Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

Cobiçado para compor chapa tanto pelo bloco de partidos governistas, quanto pelos pré-candidatos ao governo Renato Casagrande (PSB) e Rose de Freitas (Podemos), o senador Magno Malta (PR), candidato à reeleição, comentou sobre a dificuldade que está posta para costurar qualquer tipo de aliança estadual, no momento, tendo em vista que sua prioridade maior é apoiar o pré-candidato à Presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).

Ele conversou com a reportagem de A GAZETA durante um evento da Convenção das Assembleias de Deus do Espírito Santo, neste sábado (14), no qual era um dos convidados. 

Bolsonaro tem afirmado que até o dia 15 (este domingo) definiria se o senhor será o vice dele. Já bateram o martelo?

Não decidimos nada. Temos prazo até o dia 3. Neste momento, estou trabalhando o apoio do partido (PR) para ele. Se ele vai comigo, ou sem mim, não interessa. O que precisa é disso. No dia 22 é a convenção dele, eu devo estar. Mas você pode deixar em aberto para a executiva decidir as coligações. Por que o cara que é o 1º nas pesquisas tem que dizer quem é o vice dele? Quem é o vice de Alckmin, de Ciro, de Marina? Ninguém pergunta. No fundo achamos que é uma estratégia para destruir o vice de Bolsonaro.

Por que o senhor prefere deixar até o último dia do prazo?

Eu preciso entender o que Deus quer de mim. Se eu fosse movido pela vaidade, já teria aceitado. Tenho clareza de que ele será o presidente da República, o Brasil inteiro está com ele. Enquanto as pessoas ficam se oferecendo para ser vice, eu sou chamado. Nas causas que eu defendo, de família, de vida, de valores, a luta contra a corrupção, para ele, que vai ser presidente, é importante eu calado ou eu dentro do Senado com microfone? As decisões, com ele presidente, serão duras, o enfrentamento vai ser forte. É como pegar um soldado de guerra e tomar as armas dele.

Como o senhor viu o movimento político do governador Paulo Hartung (MDB), de anunciar que não vai disputar a reeleição?

Eu não vi nada, porque não sou aliado político dele. Só quem pode explicar isso são os aliados dele. Para mim, se ele estivesse no movimento eleitoral ou fora seria a mesma coisa. Sempre disputei eleição majoritária com ele dentro do movimento, e contra mim. Para mim não faz diferença.

O grupo político do governador tem dito querer uma composição de chapa com o senhor. Tem possibilidade?

Ninguém me procurou. Encontrei com (Ricardo) Ferraço em Brasília, no plenário, mas era dia de sessão do Congresso Nacional, estava tumultuado. Se me procurar, eu estou aqui. Ricardo é meu amigo, é um cara que cresceu, amadureceu no impeachment. Houve um tempo que ele caminhou comigo, vou atendê-lo.

Aceitaria a chapa com Ricardo para o governo do Estado, e o senhor e Amaro Neto tentando o Senado?

Ninguém falou nada comigo não. Quem marcou de falar comigo amanhã (domingo, 15) é Rose. Já tive uma conversa com Renato (Casagrande)... Vou ouvir todo mundo. Tem um problema que não é daqui, é nacional, porque eu sou Bolsonaro. Eles são Ciro, Alckmin, como é que vão ficar esses palanques? Vai ser uma anomalia, um bicho de sete cabeças esses palanques aqui. Vou constranger o governador falando sobre Bolsonaro? E o cara vai me constranger?

O senhor vai seguir com o PSL no Estado?

Não tenho vaidade, o PSL é um partido próximo do PR. Acreditamos nas mesmas teses, falamos a mesma linguagem. Temos que falar com todo mundo e achar um desenho. Para eu andar sozinho, eu tinha que fazer uma chapa "puro sangue" do PR, e essas coisas não vão acontecer. Esse desenho do momento é difícil. Ricardo é Alckmin, PDT e PSB tem Ciro, e o centrão está tentando levar o DEM, todo mundo. Minha prioridade é Bolsonaro. Embora aqui seja pequeno, todos têm palanque aqui.

A eleição presidencial atrapalha o senhor a subir no palanque de algum deles?

Eles vão subir no meu? É uma conta difícil. Estou ouvindo todo mundo. Existe uma eleição proporcional também e não podemos criar dificuldade para os candidatos a deputado estadual, federal. Se você vai para uma coligação onde quem tem uma unha maior sobe na parede, é melhor. Tudo começa é lá embaixo.

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