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Em discurso, Baleia defende Câmara que não se 'ajoelha' ao Executivo

Em discurso, Baleia defende Câmara que não se 'ajoelha' ao Executivo

"Agradeço a todos que não puderam declarar voto na nossa candidatura porque foram coagidos, foram ameaçados pelo governo", disse o emedebista

Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 22:08- Atualizado há 3 anos

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Sessão da Câmara para eleger nova Mesa Diretora. Candidato à presidência da Câmara, dep. Baleia Rossi (MDB - SP)
Sessão da Câmara para eleger nova Mesa Diretora. Candidato à presidência da Câmara, dep. Baleia Rossi (MDB - SP). (Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Candidato do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu pregou na noite desta segunda-feira (1º) a independência da Casa frente ao Executivo e acusou o governo de ameaçar parlamentares que queriam declarar voto nele.

"Agradeço a todos que não puderam declarar voto na nossa candidatura porque foram coagidos, foram ameaçados pelo governo", disse o emedebista no início de seu discurso na sessão que elegerá o sucessor de Maia.

Durante a campanha pelo comando da Câmara, o Palácio do Planalto retaliou e exonerou indicados de parlamentares de partidos que assumiram o voto em Rossi.

O deputado ainda acusou o principal adversário, Arthur Lira (PP-AL), de ter articulado a liberação de emendas e verbas extras em troca de apoios e afirmou que trabalhará para regulamentar a distribuição de recursos.

"Eu assumo o compromisso de regulamentar o orçamento impositivo para que todos possam exercer na sua plenitude os seus mandatos", prometeu.

Rossi tem 10 partidos no seu bloco partidário, entre eles siglas de oposição, como PC do B, PDT, PSB, PT e PDT e construiu sua candidatura com o mote da independência, embora fosse ele próprio acusado de ser muito governista.

Nesta segunda, Rossi pregou a defesa da democracia, afirmou que colocará a reforma tributária em votação e lembrou de projetos aprovados na Câmara, como o Fundeb. O emedebista exaltou-se em trechos do discurso e buscou se contrapor a Jair Bolsonaro.

"Nós não podemos abrir mão da defesa das nossas instituições. Esta semana o mesmo delinquente que soltou fogos de artifício em cima do Supremo e agrediu uma enfermeira estava depredando nosso material de campanha. Onde está a democracia nisso? Eu não voto com esse tipo de gente", disse, em referência a um apoiador de Bolsonaro.

Ao final do discurso, buscou cravar indiretamente em Lira a pecha de ser submisso ao presidente.

"Este é o Parlamento de Ulisses [Guimarães] que não se ajoelha a ninguém, muito menos ao Poder Executivo. É colaborativo, dialoga. Mas nunca vai ficar de joelhos", concluiu.

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