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Crianças em situação de rua morrem durante incêndio em São Paulo

Crianças em situação de rua morrem durante incêndio em São Paulo

Dentro do barraco onde moravam havia uma vela usada para iluminar o cômodo, próximo a um galão de álcool, utilizado para cozinhar

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 19:14

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Avenida Bernardino de Campos, em Vila Mariana (SP), onde estava montado o barraco. (Reprodução | Google Maps)

Duas crianças em situação de rua, de 4 e 2 anos, morreram na madrugada desta terça-feira (03) em um incêndio em um barraco no viaduto Santa Generosa, Vila Mariana, zona sul de São Paulo. O fogo começou por volta da 0h30 e cinco viaturas do Corpo de Bombeiros foram dirigidas até o local. 

O barraco estava montado na avenida Bernardino de Campos, próximo ao metrô Paraíso, e a entrada se dava por meio de um corredor às margens da avenida 23 de Maio. 

Após o fogo ser extinto, os corpos das crianças foram encontrados carbonizados dentro do barraco. Moisés de Jesus Moreira Gomes, 36 anos, e Gisele Cardoso da Silva, 31, pais responsáveis pelas crianças, sofreram queimaduras de 3º grau nas mãos e na face. Ambos foram presos em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e crime de incêndio, segundo a Secretaria de Segurança Pública. 

O casal também foi socorrido pelo Hospital das Clínicas para tratar as queimaduras. De acordo com o HC, os pacientes estão estáveis no pronto-socorro.

Segundo Moisés, na residência havia uma vela usada para iluminar o cômodo, próximo a um galão de álcool, utilizado para cozinhar. Ele afirma que estava com a mãe das crianças do lado de fora da casa quando houve a explosão. 

O caso foi registrado pelo 27º DP, que solicitou a perícia do local. Funcionários da delegacia afirmam que o resultado deve sair em 30 dias.

O funcionário de um bicicletário próximo ao local do incêndio afirma que a mãe das crianças sofria violência doméstica dentro da residência improvisada e que o pai é dependente químico. "A gente sempre ouvia muita gritaria e confusão, inclusive na noite do incêndio. Já chegamos a acionar a prefeitura, mas nada foi feito", diz. 

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Ele também afirma que alguns meses atrás o barraco já havia corrido risco de pegar fogo, devido aos "puxadinhos de luz" e às extensões improvisadas de energia elétrica instalada pelos moradores.

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