Publicado em 6 de julho de 2020 às 16:46
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira, 6, que o sistema político brasileiro, com muitos partidos, implica uma aliança com o bloco Centrão. Em live do Banco Credit Suisse Brasil, Mourão justificou a aproximação do governo com o grupo de cerca de 200 deputados que compõem os partidos do centro. >
"Enquanto permanecer com sistema político com essa quantidade de partidos qualquer governo terá que trazer para o bojo de suas ideias esse grupo de partidos de centro", afirmou. Segundo ele, um Congresso "multifacetado", com mais de 25 partidos, exige alianças como a feita com o Centrão.>
A postura inicial do governo Bolsonaro negava essa estratégia e apostava na aliança com frentes parlamentares, como as bancadas rural, da bala, e evangélica. Os grupos, contudo, são compostos por diferentes partidos que só se alinham em relação aos temas específicos de frente, informou Mourão.>
"O governo, os senhores sabem, iniciou com uma visão talvez idílica, vou ser aqui bem sincero, que por meio das bancadas temáticas teríamos relacionamento eficiente com o Congresso", disse. Sobre a adesão ao "toma lá da cá" de cargos de troca de cargos por apoio no parlamento, Mourão afirmou: "O partido que quer estar junto do governo quer participar e a participação se faz dessa forma".>
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Ele destacou que o recém nomeado ministro das Comunicação, Fábio Faria, antes deputado pelo PSD, faz bem a ponte de relação com o parlamento, junto ao ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Para o vice-presidente, é um "pleonasmo" falar em presidencialismos de coalizão. "O presidencialismo só pode ser de coalizão, se não houver coalizão o presidente não governa", afirmou.>
Mourão disse que o Congresso tem um perfil reformista e aproximação com o Centrão facilitará a aprovação de reformas, como é o caso a tributária e a administrativa. Ele mencionou ainda que é necessário também um trabalho mais próximo e integrado junto aos governadores.>
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