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Bolsonaro não está à altura do cargo se apoiou ato contra o Congresso, diz Celso de Mello

Bolsonaro não está à altura do cargo se apoiou ato contra o Congresso, diz Celso de Mello

"O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo", declarou o ministro do STF

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 13:52

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), reagiu à iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de compartilhar em grupos de WhatsApp vídeos que convocam manifestações para o próximo dia 15 a seu favor e contra a corte e o Congresso.

Ministro do Supremo Celso de Mello Crédito: Carlos Moura/STF

Segundo o decano do STF, a iniciativa, "se confirmada", revela "a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático!!!".

O ministro enviou a mensagem por escrito à reportagem. No texto, Celso de Mello afirma ainda: "O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica da Constituição e das leis da República". Os crimes de responsabilidade são passíveis de pena de perda do cargo - ou seja, de impeachment.

Ministro Dias Toffoli, presidente do STF. É o mais jovem ministro a presidir o Supremo desde o Império por Carlos Moura|SCO|STF

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