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Bolsonaro diz que pagará auxílio de R$ 600 em 2023 com venda de estatais

Bolsonaro diz que pagará auxílio de R$ 600 em 2023 com venda de estatais

Presidente não detalhou qual empresa vinculada ao governo federal pretende vender para cobrir custos do Auxílio Brasil

Publicado em 30 de agosto de 2022 às 15:59

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  • Matheus Teixeira

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (30) que pretende arcar os custos da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023 com a venda de estatais. O chefe do Executivo, porém, não detalhou qual empresa vinculada ao governo federal pretende vender. Como a alienação do controle acionário de estatais precisa de aprovação do Congresso, o procedimento costuma ser demorado.

O presidente também comentou o fato de não ter incluído na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) a previsão de manter o auxílio em R$ 600 no próximo ano.

Presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro  afirmou que a manutenção do auxílio em R$ 600 dependeria de uma PEC. (Isac Nóbrega / PR)

"A LDO é algo fixo? Não dá para mudar? Nós temos programa de, ao vender estatais, complementar isso aí. Vai conseguir vender. Vai ter R$ 600 no ano que vem", disse, em entrevista à imprensa, após participar de evento com presidenciáveis da União de Entidades do Comércio e Serviços.

No início de agosto, o presidente havia afirmado que a manutenção do benefício neste patamar dependeria de uma PEC (proposta de emenda à Constituição).

Na ocasião, o mandatário não explicou qual seria o conteúdo da proposta. Membros do governo, no entanto, têm dito que é possível encaixar o valor de R$ 600 dentro do teto de gastos caso haja revisão de despesas (sobretudo as obrigatórias).

Desde o começo do governo, o ministro Paulo Guedes (Economia) defende alterações constitucionais que permitam reduzir despesas obrigatórias. O plano, chamado por ele de "3Ds", seria desindexar, desvincular e desobrigar o Orçamento.

Ao todo, três PECs sobre o tema chegaram a ser enviadas pelo governo ao Congresso em novembro de 2019, mas elas foram desidratadas durante a tramitação. Agora, o ministro tem sinalizado que quer a proposta novamente em debate.

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