Publicado em 17 de agosto de 2023 às 20:55
SÃO PAULO O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (17) que o hacker Walter Delgatti fantasiou em seu depoimento na CPI do 8 de Janeiro.>
Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele disse que se encontrou com Delgatti para falar sobre as urnas eletrônicas, mas que mandou o hacker discutir o assunto com militares de uma comissão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).>
Bolsonaro negou que tenha tido uma segunda conversa para discutir um grampo no telefone do ministro Alexandre de Moraes. Segundo Delgatti, Bolsonaro queria que ele assumisse a autoria do crime que já teria sido cometido.>
"Ele está inspirado hoje. Teve a reunião e eu mandei ele para o Ministério da Defesa para conversar com os técnicos. Ele esteve lá [no Alvorada e na Defesa] e morreu o assunto. Ele está voando completamente", afirmou Bolsonaro.>
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"Tem fantasia aí. Eu só encontrei com ele uma vez no café da manhã [na Alvorada], não falei com ele no telefone em momento algum. Como ele pode ter certeza de um grampo? Nós desconhecemos isso", disse.>
A defesa de Bolsonaro afirmou que vai entrar com uma queixa-crime contra Delgatti por calúnia, segundo a GloboNews.>
Fabio Wajngarten, um dos advogados e assessor de Bolsonaro, também reagiu às acusações de Delgatti e afirmou em redes sociais que o hacker "mente e mente e mente".>
Ele disse que " NUNCA, JAMAIS, houve grampo, nem atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário do Presidente" e que nunca se cogitou a "entrada de técnicos de informática muito menos alpinistas tecnológicos na campanha" de Bolsonaro.>
Delgatti afirma que foi procurado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) para se reunir com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com Duda Lima, marqueteiro da campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022, e com o próprio Jair Bolsonaro, à época candidato à reeleição.>
O plano, segundo ele, era gravar um vídeo mostrando que as urnas não eram confiáveis. Delgatti teria uma urna que seria emprestada pela OAB, colocaria um aplicativo feito por ele e mostraria à população que seria possível apertar um número e sair outro.>
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