Publicado em 18 de setembro de 2018 às 21:12
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 15 dias o prazo para a Polícia Federal (PF) terminar a investigação do inquérito que investiga o presidente Michel Temer por supostas irregularidades na edição do decreto presidencial dos portos. A PF tinha pedido a prorrogação para poder ouvir duas pessoas indicadas por Temer: ex-ministro dos Transportes Maurício Quintella e do atual secretário dos Portos, Luiz Otávio Campos.
"A autoridade policial federal formulou pedido de prorrogação do prazo das investigações por 15 (quinze) dias, considerada a necessidade de realização de duas oitivas requeridas pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República. A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente à prorrogação, anotando que as oitivas requeridas pela defesa estão agendadas para os dias 18 e 19 de setembro", decidiu Barroso.
Foi necessário mais prazo porque a defesa de Temer solicitou que a PF tomasse os depoimentos de Quintella e Luiz Otávio para esclarecer as suspeitas de irregularidades envolvendo um decreto que mudou regras do setor portuário publicado pelo presidente em 2017. A investigação foi aberta em setembro de 2017 e está em vigor há um ano. A última prorrogação foi determinada em agosto.
A suspeita da PF no inquérito contra Temer é que o Decreto dos Portos, que aumentou os prazos das concessões de áreas públicas às empresas do setor, tenha beneficiado indevidamente determinadas empresas, dentre elas a Rodrimar. Temer nega as acusações.
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