Publicado em 25 de setembro de 2018 às 12:16
O cantor Paulo Ricardo gravou um vídeo em que diz estar sendo "mal interpretado" após ter feito uma "pesquisa informal" sobre a preferência do público em relação aos candidatos à Presidência, durante um show, no último sábado (22), em Vila Velha. A polêmica começou depois que um outro vídeo do cantor, em que ele aparece questionando a plateia sobre os presidenciáveis, foi compartilhado pelo filho do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e viralizou no Twitter.
Nas imagens gravadas no show de sábado em Vila Velha, o vocalista diz que ainda não escolheu seu candidato e que tem feito uma "pesquisa" em seus shows. Ele pergunta à plateia o que acha dos candidatos "Ciro", "Marina", "Amôedo do Novo", "Alckmin"... É possível ouvir alguns espectadores gritando a palavra "não" enquanto o cantor enumera os presidenciáveis.
Em seguida, Paulo Ricardo cita "capitão Bolsonaro" e é aplaudido pelo público. O cantor, então, fala ao microfone "seja o que Deus quiser" e anuncia a música "Revoluções por minuto". Veja o vídeo abaixo.
Um dos filhos de Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), publicou o vídeo em seu Twitter, em uma postagem que contava com 23 mil interações na manhã desta terça-feira (25).
Após o episódio viralizar, o cantor gravou um vídeo e publicou em sua página na rede social, dizendo que não apoia nenhum candidato.
"É uma pesquisa que eu tenho feito nos meus últimos shows. Este vídeo está sendo mal interpretado e eu quero esclarecer que não apoio nenhum candidato. Meu partido, como diria Cazuza, é um coração partido. Eu tô sim muito preocupado com o futuro do Brasil, por isso meu questionamento, por isso minha pesquisa", afirmou Paulo Ricardo. Veja o vídeo abaixo.
A polêmica envolvendo Paulo Ricardo ocorre no momento em que diversos artistas, como Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil, assinaram um manifesto "pela democracia" e contra Jair Bolsonaro, a quem chamaram de "ameaça franca ao patrimônio civilizatório".
O presidenciável, inclusive, pretende lançar uma "carta à Nação" para combater a fama de radical e responder às críticas de racismo e misoginia.
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