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Alexandre de Moraes concede prisão domiciliar para Augusto Heleno

Alexandre de Moraes concede prisão domiciliar para Augusto Heleno

Decisão ocorre após perícia confirmar diagnóstico de Alzheimer e demência vascular; ex-general deverá usar tornozeleira eletrônica e entregar passaportes

Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 20:22

BRASÍLIA - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes concedeu a prisão domiciliar para o ex-ministro Augusto Heleno. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (22). Heleno foi condenado a 21 anos de prisão pela corte por tentativa de golpe de Estado.

"A adoção de prisão domiciliar humanitária mostra-se razoável, adequada e proporcional, sobretudo porque, além dos graves problemas de saúde e da idade avançada, não há, e jamais houve até o presente momento, qualquer risco de fuga causado pelo comportamento do apenado", diz Moraes em sua decisão.

General, Augusto Heleno durante depoimento a CPMI do golpe.
Augusto Heleno está proibido de qualquer comunicação por telefone, celular ou redes sociais Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil

Heleno deverá usar tornozeleira eletrônica e entregar o passaporte. Além disso, Moraes proibiu visitas, com exceção de seus advogados e de sua equipe médica além de pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-ministro também está proibido de qualquer comunicação por telefone, celular ou redes sociais.

A defesa de Heleno afirmou em nota que "a decisão representa o reconhecimento da necessidade de observância dos direitos fundamentais, especialmente o direita à saúde e à dignidade da pessoa humana".

"Desde o início, a defesa demonstrou a incompatibilidade da prisão em ambente carcerário", prosseguiu.

A nota afirma ainda que Heleno "cumprirá todas as medidas cautelares impostas e permancerá ao lado de sua família".

O descumprimento de qualquer um desses itens acarretará a volta de Heleno para o regime fechado. "O condenado deverá requerer previamente autorização para deslocamentos por questões de saúde, com exceção de situações de urgência e emergência, as quais deverão ser justificadas, no prazo de 48 horas, após o respectivo ato médico", determina a decisão.

A cúpula do Exército esperava por uma decisão nesse sentido de Moraes. General da reserva, Heleno foi levado para o Comando Militar do Planalto para cumprir a pena após ter sido condenado na trama golpista.

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