Publicado em 18 de junho de 2025 às 19:38
BRASÍLIA - Em meio a quase 1.800 alvos do grupo agora responsabilizado por ter atuado em uma Abin Paralela no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, os arapongas acabaram monitorando um homônimo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, há indicativo de que o monitoramento teria se dado por erro dos investigados. Segundo a PF, o ex-presidente, que não foi indiciado por já responder pelo crime em outra ação, foi o principal beneficiado pelo esquema. Procurada, a defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou. >
De acordo com o relatório final do inquérito, tornado público nesta quarta-feira (18), o sistema First Mile foi utilizado três vezes contra um cidadão chamado Alexandre de Moraes Soares, morador de São Paulo, sem que qualquer justificativa tenha sido dada.>
"O registro, por exemplo, associado à pesquisa de 'ALEXANDRE DE MORAES SOARES' não apresenta nenhuma justificativa, levando à plausibilidade de terem sido realizadas 3 (três) pesquisas do homônimo do Exmo. Ministro Relator no dia 18/05/2019. O homônimo alvo da pesquisa, ainda, reside no Estado de São Paulo. O marco temporal da pesquisa é compatível com a instauração do Inquérito nº 4781 em março de 2019 pelo então presidente do STF, Exmo. Ministro Dias Toffoli. Em 14/05/2019, houve a disponibilização para julgamento de recurso para suspender a apuração", diz o relatório policial.>
O Inquérito 4.781, que ficou conhecido como Inquérito das Fake News, foi aberto para investigar notícias falsas e ataques contra a Corte e o Poder Judiciário. O relator é justamente Alexandre de Moraes.>
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Segundo a PF, um agente de inteligência realizou diversas pesquisas no sistema First Mile, dentre elas a do homôniomo do ministro. "O servidor foi designado ao posto de Auxiliar de Adido na França, entretanto não embarcou de volta da missão em 29/04/2024, abandonando o cargo público, não havendo informações sobre seu paradeiro naquele país", dizem os investigadores.>
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