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É advogado e foi Conselheiro Federal e Estadual da OAB-ES

Uma advocacia forte só é possível se pautada na coletividade

O interesse da advocacia deve ser colocado acima de interesses individuais, com mais colaboração, parcerias e solidariedade

  • Marcus Felipe Botelho Pereira É advogado e foi Conselheiro Federal e Estadual da OAB-ES
Publicado em 11/01/2024 às 11h33

Começou 2024. E sempre que um novo ano começa, buscamos deixar para trás aquilo que não foi bom para que o presente e o futuro sejam melhores. São as clássicas resoluções de Ano Novo. Em um mundo cada vez mais conectado virtual e tecnologicamente, enxergamos um abismo entre pessoas, muitas vezes com a individualidade sendo colocada na frente da coletividade.

Mas é na coletividade que nossa vida acontece, tanto nas questões pessoais quanto profissionais. Para nós, advogados e advogadas, é impossível começarmos e seguirmos sozinhos, ilhados, isolados. O mais bonito da nossa profissão é essa construção coletiva, no dia a dia dos fóruns e tribunais, na relação de confiança com clientes e na relação que criamos entre nós.

A participação ativa, o compartilhamento de conhecimentos e a troca de experiências são alicerces de uma classe coesa e resiliente. É na coletividade que encontramos força para superar adversidades e promover mudanças significativas.

Quando falamos na Advocacia (e aqui reafirmo o que já falei há um tempo, essa advocacia com a maiúsculo mesmo), esse agrupamento de profissionais orgulhosos, falamos de grupo, falamos muito mais de “nós” do que “eu”. Por isso, é fundamental que esse ano novo que se inicia seja um momento de mudança de paradigmas para resgatar os valores primordiais da advocacia e privilegiar condutas focadas no benefício coletivo.

É hora de abandonar práticas que visam apenas o benefício próprio em detrimento da coletividade, da sociedade. O interesse da advocacia deve ser colocado acima de interesses individuais, com mais colaboração, parcerias e solidariedade. Em vez de focar em desejos e privilégios pessoais, a energia deve estar concentrada na pavimentação de uma advocacia mais forte, reconhecida e que realmente represente o que nos é esperado, tanto pelos nossos pares, quanto pela sociedade.

As resoluções de ano novo são intenções de mudanças e de esperança. Está em nossas mãos construir o melhor presente e futuro da advocacia. Que a gente tenha um excelente ano, defendendo direitos e buscando sempre a justiça, com atuações pautadas na ética, integridade e transparência. Assim, a Advocacia continuará sendo fundamental à defesa do Estado Democrático de Direito, e mais, continuará sendo um orgulho para todos nós que exercemos essa profissão essencial à promoção da justiça.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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