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Turismo volta ao mesmo patamar pré-pandemia até o fim de 2022

Para se ter uma ideia, somente no primeiro trimestre, a alta no faturamento do turismo no Brasil foi de 25%, em comparação com o mesmo período de 2021, segundo levantamento da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo

  • Jaime de Angeli É secretário-geral do Setpes
Publicado em 17/06/2022 às 10h00

Com percentuais crescendo a cada mês deste ano, o setor de turismo vem se reestabelecendo e já é forte a perspectiva de recuperação até o final de 2022, quando espera-se alcançar o mesmo patamar pré-pandemia.

Para se ter uma ideia, somente neste primeiro trimestre, a alta no faturamento do turismo no Brasil foi de 25%, em comparação com o mesmo período de 2021, segundo levantamento da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo.

A estimativa é que o setor cresça 60% até o final do ano, passando de R$ 15 bilhões de receita. A mesma expectativa é compartilhada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que, com base nos novos dados do Índice de Atividades Turísticas, projeta que o setor restabeleça, no terceiro trimestre deste ano, o nível de receitas anteriores ao cenário de Covid-19.

Outro dado bastante animador vem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada no último dia 12, revelou um aumento no Índice de Atividades Turísticas de 75,6% em março no país, na comparação com o mesmo mês de 2021.

O resultado é atribuído a fatores como o fim de restrições devido à Covid-19, a partir do avanço da vacinação, além do retorno de viagens corporativas e de grandes eventos presenciais.

Uma pesquisa de abril, da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), também reforça o otimismo do setor. Conforme o levantamento, o ramo fechou 2021 com um faturamento 37% superior ao de 2020 (R$ 19,2 bilhões). E os deslocamentos domésticos, principalmente por meio de transportes coletivos rodoviários, seguem liderando a retomada. O estudo mostra que, no primeiro trimestre deste ano, os destinos mais procurados foram São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Gramado, Fortaleza, Maceió, Porto de Galinhas e Salvador.

Outro ponto positivo é que, com a melhoria no turismo, todos saem ganhando. Municípios fortes em turismo e na exportação de commodities têm sido os responsáveis pela diminuição dos níveis de desemprego no Brasil. A informação é de pesquisa da CNC que analisou 5.570 cidades e considerou o período de julho de 2020 até fevereiro deste ano. Entre os 20 municípios que mais geraram empregos, 15 são polos turísticos ou produtores e exportadores de commodities, em que a maioria possui atividade de mineração.

Sintetizando, os dados mostram um efeito de retomada da economia após um longo período de crise. Passadas as fases mais agudas da pandemia, a tendência é que o setor do turismo continue em ritmo de recuperação, destacando o nosso país, que tem uma das melhores diversidades de destinos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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