Autor(a) Convidado(a)
É gerente de marketing do Shopping Praia da Costa

Só compras? Shoppings passaram a ser centros de convivência

Criar experiências, que consequentemente geram fluxo para as lojas, passa a ser mais valorizado pelo consumidor do que a oferta de produtos e é preciso compreender e se adaptar a isso

  • Marcus Aguiar É gerente de marketing do Shopping Praia da Costa
Publicado em 08/06/2022 às 10h50
Desafio Radical no Shopping Praia da Costa
Opção infantil em shopping. Crédito: Divulgação

Com a escalada das compras on-line e os impactos provocados pelo fechamento das portas durante a pandemia de Covid-19, muita gente passou a se perguntar se haverá lugar para os shoppings centers no futuro. A resposta é sim, os shoppings continuarão existindo no futuro. Isso porque já é possível identificar no mercado um ritmo de mudança com ações que associam a incorporação da tecnologia nos empreendimentos e soluções para os novos hábitos do consumidor.

Muito mais do que centro de compras, como o próprio nome já diz, shopping centers, a tendência é diversificar a oferta dos malls para além do consumo. Cada vez mais, os espaços seguros e com boa infraestrutura, que já estão consolidados entre os consumidores, são usados para oferecer prazer e entretenimento, com cultura, serviços, conveniência, gastronomia e integração com a natureza, fazendo com que os shoppings se tornem grandes centros de convivência.

Prova disso é o investimento em programações de lazer que os shoppings já vêm implementando. Criar experiências, que consequentemente geram fluxo para as lojas, passa a ser mais valorizado pelo consumidor do que a oferta de produtos e é preciso compreender e se adaptar a isso.

Polos gastronômicos com opções qualificadas de restaurantes também têm sido cada vez mais comuns e vêm criando um novo conceito para a alimentação dentro dos shoppings. Se antes predominavam os lanches mais rápidos, hoje os restaurantes premium ganham espaço e disponibilizam aos clientes pratos elaborados, atendimento diferenciado e ambientes aconchegantes, além da facilidade do estacionamento e toda comodidade de estar dentro de um shopping.

Por outro lado, engana-se quem pensa que as lojas irão desaparecer, substituídas pelo e-commerce. Pelo menos é o que é possível concluir com base na pesquisa da Wunderman Thompson, que entrevistou 4 mil crianças e jovens, entre 6 e 16 anos de idade, nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Dos entrevistados, 75% apreciam a experiência de ir a uma loja “de verdade” e 19% declararam que a maior parte das suas compras no futuro serão feitas em uma loja física, contra 21% que acreditam que comprarão mais em telas digitais. Ou seja, haverá espaço para as lojas físicas no futuro e compreender que essa nova geração de consumidores a se formar valoriza o físico, mas cresceu com acesso ao digital, fará toda a diferença para aqueles que já estão e querem se manter no mercado.

A tecnologia precisa estar inserida na experiência de compra. Os aplicativos criados pelos shoppings como novos marketplaces são sementes no fértil terreno de integração do físico com o digital. Se os consumidores do futuro serão as crianças que hoje já nascem com a tecnologia na palma da mão, os diferenciais físicos poderão despertar ainda mais interesse. O caminho para os shoppings do futuro vai ser esse, a integração do físico com o digital de maneira sólida, pensada e estudada, alinhado sempre com experiências diferenciadas e memoráveis.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Gastronomia Comércio Marketing Shoppings Comércio eletrônico E-commerce

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.