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Segurança e luta contra o cambismo: como o setor de eventos pode se preparar para 2024?

A expectativa para 2024 é que continue no mesmo ritmo de 2023, com o Brasil se mantendo como importante player no mapa dos grandes shows e turnês mundiais

  • Jorge Reis É CEO da Eventim
Publicado em 20/12/2023 às 14h24

O ramo da cultura e entretenimento vivenciou, em 2023, a retomada completa de suas atividades, e o resultado é nítido nos relatórios apresentados pelo IBGE e pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Os dados mostram o tamanho do impacto que esse setor representa para a economia do país.

Somente no primeiro semestre, o segmento mostra um crescimento de 42,3% se comparado ao ano anterior, gerando uma massa salarial de R$ 71,8 bilhões e com um faturamento anual de aproximadamente R$ 291,1 bilhões, o que representa 3,8% do PIB brasileiro.

Para 2024, nossa expectativa é que o mercado brasileiro continue com boa demanda, consolidando o país como um importante mercado para shows nacionais e internacionais.

Suponho que as 3 principais tendências para o próximo ano, serão a segurança, a luta contra o cambismo e o retorno - com tudo - dos shows nacionais.

1 - Priorização da segurança e bem estar dos fãs

A segurança e bem-estar do público sempre esteve no centro das discussões para o setor, mas especificamente 2023 foi um ano de muito aprendizado, que mostrou a necessidade de pensar em medidas rápidas para proporcionar uma boa experiência em geral, aliando bem-estar e segurança.

Afinal, agora é preciso se adaptar, principalmente no que tange a aspectos relacionados à maior influência de eventos climáticos extremos como os que temos vivenciado no Brasil e no mundo nos últimos meses, calor extremo, frio e chuvas. Os produtores e as empresas de vendas de ingressos precisam se precaver contra isso e têm se preparado cada vez mais para não pecar na falta de infraestrutura geral para os consumidores de eventos.

2 - Luta contra o cambismo

Com os grandes espetáculos que ocorreram neste ano, os casos de golpes foram cada vez mais recorrentes, mexendo com o emocional dos fãs de diversos artistas. Para o próximo ano este é um outro ponto de grande atenção. Na Eventim, e também na Abrevin (Associação Brasileira das Empresas de Venda de Ingressos), o combate à prática do cambismo continua, mas esse problema demanda também uma atuação contínua de diversos órgãos públicos.

Ingressos, entradas, tickets
Ingresso. Crédito: Divulgação

São essenciais também as campanhas de conscientização do público para a importância de compra dos ingressos nos sites e bilheterias oficiais, apresentando os riscos das compras de bilhetes em canais não oficiais de venda.

3 - Retorno dos shows nacionais

Mesmo com a vinda de diversos artistas internacionais em 2023, como a banda mexicana RBD, Evanescence, Coldplay, Red Hot Chili Peppers, Paul McCartney e outros grandes artistas, começamos a ver um apelo para a retomada de turnês nacionais. É o caso da turnê dos Titãs, Marisa Monte, os shows da banda Forfun, a turnê do NX Zero, por exemplo. A música nacional retoma o gosto do público e há uma forte tendência de crescimento, sem deixar de considerar as exposições e apresentações teatrais que também vêm conquistando pouco a pouco os consumidores.

A expectativa para 2024 é que continue no mesmo ritmo de 2023, com o Brasil se mantendo como importante player no mapa dos grandes shows e turnês mundiais.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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