
Cartão-postal da Região Serrana do Espírito Santo e a 655 metros do nível do mar, Santa Teresa chama atenção já na estrada pela biodiversidade da Mata Atlântica, que se destaca como uma das mais exuberantes do mundo. A 80 quilômetros de Vitória, a cidade - primeira de colonização italiana no Brasil - ainda se destaca pela diversidade de colibris, pelo jazz e, é claro, o número de descendentes europeus com sua cultura marcante.
Santa Teresa absorve 80% da produção estadual de uva - e, portanto, importante produtora de vinho, junto de chocolate artesanal, espumantes e massas. A cidade tem um parque gastronômico completo, tem a rampa Amaury Fernandes, o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, a Casa Lambert, a praça Augusto Ruschi, vinícolas, mirante, rua do lazer, a Igreja Nossa Senhora do Caravaggio, enfim, hoje nós temos na cidade a possibilidade de ampliar um destino que já é um dos melhores do nosso Estado.
Mas embora já seja um dos destinos preferidos dos capixabas, falta uma divulgação à altura para tornar a cidade um dos principais destinos nacionais do turismo de montanha. Com uma condição de chegada muito boa e localizada em uma região propícia para o deslocamento, Santa Teresa já é uma referência turística, mas falta contar isso para a grande maioria. Grandes referências no turismo nacional passaram por esse forte trabalho de marketing.
Vou além: o trânsito de veículos pesados na cidade é outro gargalo. A cidade cresceu, mas não teve uma solução para essa problemática, que acabou se tornando um agravante para a qualidade do convívio turístico, e a solução é a construção de um contorno em volta da cidade. Os passantes do Norte-Sul precisam ter à sua disposição uma nova rota, senão a central de Santa Teresa.
O setor hoteleiro, por sua vez, já cabe em todos os bolsos e oferece opções de hospedagem com capacidade para bem receber, com quantidade de leitos bem adequada para sua demanda. Pousadas e hotéis familiares são destaque no lugar, fazendo a diferença.
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Nessa toada, por fim, vale lembrar dos incentivos fiscais, outra forma que a cidade pode adotar para impulsionar o turismo local. Esses incentivos são importantes porque aquecem a economia local e atraem novos empreendimentos, uma vez que essa atividade é geradora de uma riqueza líquida e muito breve - tal qual aconteceu com grandes nomes do turismo brasileiro.
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