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É doutorando em História Social das Relações Política (Ufes) e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo

Reforma tributária: uma análise sobre a atuação do ES

É de suma importância que o espírito republicano prevaleça sobre as trilhas da polarização partidária, buscando constantemente a equidade entre os estados

  • Jefferson Ferreira Alvarenga É doutorando em História Social das Relações Política (Ufes) e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo
Publicado em 24/08/2023 às 12h13
Renato Casagrande, Governador do Estado do Espirito Santo
Renato Casagrande, Governador do Estado do Espirito Santo. Crédito: Ricardo Medeiros

reforma tributária tornou-se uma peça central na agenda da administração de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa agenda é resultado do processo de reforma do Estado em toda a América Latina e coloca em cena a disputa entre diversos segmentos da sociedade civil e política.

Apesar de a PEC 45/2019, que agora se encontra no Senado Federal, ter reacendido uma polarização entre os partidos políticos de esquerda e direita, isso fica evidente, por exemplo, na entrevista concedida pelo governador de Minas Gerais, membro do Partido Novo, ao jornal O Estado de São Paulo. Nessa entrevista, ele defendeu os interesses da região sul-sudeste, sobrepondo-se aos interesses da região norte-nordeste.

O governador do Espírito Santo, membro do PSB, não apenas criticou a proposta do governador de Minas Gerais, mas também propôs um equilíbrio nessa abordagem da reforma. Para alcançar esse equilíbrio, ele buscou aliança com o governador do Rio Grande do Sul, atualmente filiado ao PSDB.

Assim, Renato Casagrande procura assumir um papel proeminente na defesa dos interesses regionais, pois acredita que o Estado deve desempenhar um papel central na orientação das mudanças econômicas, especialmente ao criar incentivos para o desenvolvimento econômico.

No entanto, o protagonismo do governador nas negociações com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destaca a delicada relação entre o Palácio Anchieta e os senadores capixabas. Embora o senador Fabiano Contarato (PT) tenha adotado uma postura favorável à proposta, os demais senadores, possivelmente devido a suas convicções ideológicas, claramente estão se posicionando contra.

É evidente que os senadores da oposição fazem parte do bloco bolsonarista e estão buscando criar obstáculos aos governos de Lula e Casagrande, cujos partidos são aliados em âmbito federal. Embora a resistência seja uma parte natural do jogo político, é importante destacar que ela não deve afetar a economia estadual, que está necessitando de investimentos.

Neste momento, é de suma importância que o espírito republicano prevaleça sobre as trilhas da polarização partidária, buscando constantemente a equidade entre os estados.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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