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É orientador pedagógico do Centro Educacional Leonardo da Vinci

Recesso escolar é pausa para fortalecer as conexões familiares

Vale ressaltar que não é necessário organizar programações complexas. Em geral, as atividades mais simples são as que mais encantam, alegram e aproximam

  • Evando Evangelista É orientador pedagógico do Centro Educacional Leonardo da Vinci
Publicado em 26/07/2023 às 15h00
Para ter uma viagem segura, o segredo é priorizar o cuidado com outras pessoas, tanto dos outros condutores quanto da família dentro do seu carro
Família aproveitando as férias. Crédito: Shutterstock

Quem tem crianças e adolescentes em casa sabe que o mês de julho é marcado por algumas semanas de recesso escolar. Esse é um período de descanso fundamental na reposição de energias para que os alunos possam lidar satisfatoriamente com os desafios e as exigências pedagógicas que se serão colocadas para eles no segundo semestre letivo.

Isso não quer dizer, entretanto, que esse precisa ser um tempo totalmente de ociosidade ou de se divertir exclusivamente por meio de telas de smartphones, tablets, TVs e videogames. Essa folga na agenda escolar é propícia para viver novas aprendizagens e vivências e fortalecer os vínculos familiares. Ainda que muitos pais possam não ter férias ou pelo menos alguns dias ou horas livres, é desejável a criação de oportunidades para realizarem juntos atividades que estreitem laços afetivos, exercitando também a criatividade.

Para isso, a participação ativa das crianças e dos adolescentes na definição de um roteiro diário, considerando gostos e escolhas pessoais, além da rotina da família, é bem interessante, sempre buscando, contudo, ampliar o escopo de experiências, oportunizando programações que gerem interações socioafetivas, realização de sonhos, ampliação do conhecimento de mundo, aprendizado cultural, desenvolvimento psicomotor e, sobretudo, diversão.

Isso não significa lotar a agenda, pelo contrário, deve-se reservar períodos intencionais para o “fazer nada”. Afinal, a criança e o adolescente precisa de momentos de ociosidade e até tédio. Isso é importante para a saúde emocional e para descansar a mente e o pensamento dos compromissos. Realizar pausas permite que ela aprenda mais sobre si mesma e os outros e amplie a aprendizagem, estimulando a imaginação.

Vale ressaltar que não é necessário organizar programações complexas. Em geral, as atividades mais simples são as que mais encantam, alegram e aproximam. Algumas possibilidades são: preparar uma receita, passando antes numa feira livre para comprar os alimentos; visitar praças, quadras, pista de skate, parques ou pontos turísticos da cidade; realizar piquenique ou caminhar na praia; fazer dobraduras, pinturas, colagens, desenhos e esculturas com lixo reciclável; assistir a um filme ou série em casa; cuidar de um jardim; organizar o próprio armário, separando roupas, brinquedos e livros para doação; e, por que não, desfrutar juntos também de alguns minutos de jogos eletrônicos. O importante é participar do universo da criança e do adolescente para criar as conexões tão bem-vindas para a vida, inclusive, a escolar.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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