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É fisioterapeuta neurofuncional @fernandomarcarini

Alerta: risco de acidentes com crianças aumenta durante as férias escolares

Os pais ou responsáveis precisam ampliar os cuidados para que os momentos de lazer não se tornem um transtorno e ainda estar preparados para lidar com possíveis emergências

  • Fernando Marcarini É fisioterapeuta neurofuncional @fernandomarcarini
Publicado em 09/07/2023 às 10h00

O período das férias escolares normalmente é o momento mais aguardado pelas crianças. Elas ficam livres para pular, dançar, correr e também fazer algumas travessuras. No entanto, a maior presença dos pequenos em casa, e muitas vezes sem uma supervisão, acaba gerando um aumento nos casos de acidentes, muitas vezes fatais.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, durante o período de férias escolares, a chance de as crianças se acidentarem aumenta em 25%. A ONG Criança Segura afirma que 38% das mortes por acidentes com crianças e adolescentes acontecem nesta época.

Quedas, queimaduras, intoxicação com produtos de limpeza, aspiração de corpos estranhos e afogamento são os acidentes mais comuns. Choques elétricos e acidentes automobilísticos também são mais recorrentes nesta época. Com as crianças menores de um ano a principal causa é o sufocamento, quando ocorre uma obstrução das vias respiratórias, muitas vezes por brinquedos ou algum outro objeto.

Os pais ou responsáveis precisam ampliar os cuidados para que os momentos de lazer não se tornem um transtorno e ainda estar preparados para lidar com possíveis emergências.

No entanto, nenhum cuidado é 100% seguro. Mas 90% dos acidentes com crianças, muitas vezes fatais, são evitáveis desde que sejam adotadas medidas básicas de prevenção.

Algumas orientações: faça uma inspeção preventiva em sua casa ou no local que for se hospedar. Se necessário, faça adaptações simples, como por exemplo, tampar as tomadas.

O ambiente doméstico é onde a criança passa a maior parte do tempo, sendo então o local de maior risco. O local mais perigoso é a cozinha, onde encontramos fogão, álcool, objetos cortantes e perfurantes e sacos plásticos. Devemos manter todos esses itens fora do alcance das crianças, além de todos os armários fixos.

Produtos de limpeza e remédios não podem estar ao alcance dos pequenos. As garagens também são locais perigosos, devido à circulação de veículos. As janelas precisam estar todas com redes de proteção.

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Criança em casa. Crédito: Pixabay

Na piscina é imprescindível a supervisão de um adulto, além da inspeção do ralo, pois pode se tornar uma armadilha. No banheiro, tomar cuidado com a temperatura da água e o risco de afogamento em banheiras.

Durante as viagens e deslocamento com veículos, use sempre a cadeirinha com as crianças presas ao cinto de segurança. Ao andar de bicicleta, skate e patins, estejam sempre protegidos com equipamentos de segurança.

A melhor forma de explicar para as crianças sobre o risco dos acidentes é através do diálogo, dando exemplos dos tipos de acidentes e consequências.

Em casos de acidentes devemos manter a calma, verificar a situação da vítima, manter a criança em um local seguro e procurar socorro. Em casos de quedas ou traumas graves, não devemos carregá-los ou mudar de posição. Em casos de queimaduras, lave-as apenas com água corrente. E chame o socorro pelo 192 Samu.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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