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É vice-governador do Espírito Santo

Prosperidade: quando as condições melhoram, os horizontes se ampliam

Talvez essa seja a principal lição para o encerramento do ano: prosperidade não é um ponto de chegada isolado, mas um processo construído no encontro entre políticas que melhoram a vida concreta e valores que dão sentido a essa melhoria

  • Ricardo Ferraço É vice-governador do Espírito Santo
Publicado em 27/12/2025 às 04h30

Espero que todos tenham tido um excelente Natal, confraternizando em família e com amigos. Os dias que separam a data que celebra o nascimento de Jesus Cristo e o ano novo costumam ser um raro intervalo de pausa e reflexão.

É quando o tempo desacelera e as pessoas revisitam não apenas o que passou, mas também o que desejam construir. Não por acaso, esse é um momento especialmente oportuno para refletir sobre um tema que atravessa a vida individual e coletiva: a prosperidade.

A pesquisa recente do Datafolha ajuda a iluminar esse debate. Para os brasileiros, ao contrário de uma visão estritamente material, o levantamento revela que prosperidade é um conceito amplo, que envolve estabilidade econômica, mas também bem-estar emocional, relações sociais, sentido de vida e valores espirituais.

Embora a dimensão econômica ainda apareça como a mais citada, os dados indicam que fatores subjetivos e relacionais têm peso decisivo na forma como as pessoas avaliam se estão, ou não, prosperando.

Esse resultado dialoga com uma constatação fundamental: quando as condições objetivas de vida melhoram, as expectativas de prosperidade tendem a crescer e os horizontes se ampliam. Segurança no trabalho, renda mais estável, acesso a serviços, educação e oportunidades criam um ambiente no qual o futuro deixa de ser apenas sobrevivência e passa a ser projeto. Prosperar, nesse contexto, não significa apenas “ter mais”, mas poder planejar, escolher e sonhar.

Ao mesmo tempo, a pesquisa mostra algo ainda mais profundo. Grupos que, muitas vezes, dispõem de menos recursos materiais relatam elevada percepção de prosperidade. Isso sugere que a prosperidade não nasce apenas das condições externas, mas também da forma como as pessoas organizam suas vidas, seus valores e suas expectativas.

Nesse ponto, as crenças espirituais exercem papel decisivo. Tradições religiosas e sistemas de fé que incentivam disciplina, responsabilidade, vida comunitária, cuidado com a família e sentido de propósito contribuem de maneira significativa para uma percepção mais positiva da própria trajetória.

Não se trata de negar a importância da economia ou das políticas públicas, ao contrário. A experiência mostra que prosperidade duradoura nasce da combinação entre condições materiais adequadas e valores que orientam escolhas responsáveis. Onde há estabilidade, oportunidades e confiança no futuro, as pessoas tendem a investir mais em si mesmas, em seus filhos e em suas comunidades. Onde há valores sólidos, fé e vínculos familiares, os recursos disponíveis são melhor utilizados e as adversidades são enfrentadas com maior resiliência.

Talvez essa seja a principal lição para o encerramento do ano: prosperidade não é um ponto de chegada isolado, mas um processo construído no encontro entre políticas que melhoram a vida concreta e valores que dão sentido a essa melhoria.

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Prosperidade. Crédito: Shutterstock

E são com essas bases que estamos organizamos o planejamento e a realização das políticas públicas aqui no Espírito Santo, com resultados inclusivos concretos, na evolução da educação e na geração de oportunidades, empregos e renda à sociedade.

Ao ampliar as condições de vida, ampliamos também as expectativas. E quando expectativas se ampliam, o futuro deixa de ser apenas um risco e passa a ser, novamente, uma possibilidade.

Desejo a todos nós um 2026 cheio de oportunidades e muita prosperidade a todos. Feliz Ano Novo!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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