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É advogado e professor especializado em Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral, Civil, Processo Legislativo e Processual Civil. Mestre em Direitos e Garantias Constitucionais Fundamentais, pós-graduado em Direito Processual Civil e Direito Eleitoral. Foi procurador geral da Assembleia Legislativa

Nova Lei de Licitações: contagem regressiva para a adequação da gestão pública

Não apenas se apresentam desafios, mas também se revela uma oportunidade ímpar para modernizar os procedimentos licitatórios e promover uma gestão pública mais eficiente

  • Rafael Teixeira de Freitas É advogado e professor especializado em Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral, Civil, Processo Legislativo e Processual Civil. Mestre em Direitos e Garantias Constitucionais Fundamentais, pós-graduado em Direito Processual Civil e Direito Eleitoral. Foi procurador geral da Assembleia Legislativa
Publicado em 30/11/2023 às 16h08

Aproxima-se o prazo final (29 de dezembro) para a adaptação à Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/21), marcando uma fase crucial de transformações na rotina da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal.

Originalmente programada para entrar em vigor em abril de 2023, a prorrogação desse prazo, atendendo especialmente a solicitações de municípios, destaca a complexidade da transição e a urgência na adaptação pelos gestores locais.

A decisão visou garantir que tanto órgãos quanto empresas pudessem se adaptar às novas regras, proporcionando a segurança jurídica necessária a todos os envolvidos. Não apenas se apresentam desafios, mas também se revela uma oportunidade ímpar para modernizar os procedimentos licitatórios e promover uma gestão pública mais eficiente.

A Lei n.º 14.133, resultado de um debate que se estendeu por oito anos no Congresso Nacional, traz consigo diversas inovações, promovendo a desburocratização, eficiência, racionalidade processual, economicidade e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

Surgindo como resposta aos desafios enfrentados pela legislação anterior, a nova lei substitui a Lei 8.666/93, que vigora há quase três décadas. Apesar de ter desempenhado um papel fundamental na realização de obras e serviços públicos, a legislação em vigor é alvo de críticas, notadamente devido ao excesso de burocracia, resultante em ineficiência no gasto público.

A Nova Lei de Licitações busca uma abordagem mais moderna, ágil e eficiente, introduzindo inovações como modalidades de licitação flexíveis, ênfase em sustentabilidade, inovação tecnológica, e redução de prazos e burocracias para corrigir lacunas identificadas ao longo dos anos. A inclusão do diálogo competitivo e o incremento do leilão, juntamente com a dispensa de documentos já disponíveis em sistemas públicos, promete tornar os processos mais eficientes e transparentes.

Dinheiro na mão, empréstimo
Crédito: Divulgação

Apesar da contagem regressiva, a ausência de prévia preparação e antecipada adesão é preocupante. A constatação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a baixa utilização da nova lei, com menos de 13% dos municípios adotando a plataforma de compras do Governo Federal (Compras.gov.br), destaca a necessidade premente de capacitação e implementação das mudanças. Para garantir uma transição eficaz e maximizar os benefícios da nova legislação, é imperativo que os gestores municipais ajam imediatamente.

A aposta decidida na sustentabilidade e inovação tecnológica não só impõe transformações empolgantes, mas também desvenda oportunidades até então não exploradas. O movimento em direção a práticas mais sustentáveis não apenas atende à crescente demanda da sociedade por responsabilidade ambiental, mas também pode gerar economias substanciais a longo prazo.

Nesse cenário, a urgente necessidade de inovação nos órgãos públicos se torna evidente, representando um caminho promissor para a modernização e alinhamento com as expectativas contemporâneas.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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