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É deputado estadual, presidente da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico e Social do Noroeste do ES

Noroeste do ES pavimenta nova fase de desenvolvimento econômico

São fatos que podemos considerar num recorte do Noroeste como os municípios polarizados entre Barra de São Francisco e Nova Venécia, mas precisamos ter em conta o polo de Colatina

  • Mazinho dos Anjos É deputado estadual, presidente da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico e Social do Noroeste do ES
Publicado em 26/06/2023 às 14h43
Barra de São Francisco tem potencial para se tornar polo da Região Noroeste do Estado
Barra de São Francisco tem potencial para se tornar polo da Região Noroeste do Estado. Crédito: Hugo Binda/ PMBSF

O Noroeste do Espírito Santo tem o empreendedorismo como a marca da construção de seu espaço geográfico – considerando o humano, o social, o econômico e a transformação de sua paisagem física.

As primeiras pessoas que chegaram, no início do século XX, encontraram uma terra inóspita, mas ao mesmo tempo promissora, como hoje se comprova. Isso é empreendedorismo pessoal, do qual todos nós hoje nos beneficiamos e somos herdeiros, com seus erros, mas, sobretudo, com seus acertos.

Das matas fizeram pontes para o futuro. Obviamente que, se houvesse naqueles tempos as preocupações de hoje, danos ambientais teriam sido evitados – mas é o retrato de uma época e, como sociedade, precisamos nos perdoar pelos nossos erros do passado, para que possamos viver em paz no presente e projetar um futuro próspero.

Podemos dividir o desenvolvimento econômico e social da região Noroeste em três fases:

- A FASE DO EXTRATIVISMO – quando as pessoas chegavam, derrubavam as florestas, montavam serrarias, construíam suas casas, suas fazendas, e plantavam as sementes do futuro.

- A FASE DA AGRICULTURA – quando a cafeicultura e a pecuária se destacaram, colocando a região em evidência – na verdade, são bases econômicas que prevalecem até os nossos dias, mas que precisam de inovação.

- A FASE INDUSTRIAL – que se instalou a partir de uma segunda “revolução extrativista”, baseada no negócio das rochas ornamentais, à qual foi agregada a indústria, depois de algum tempo em que somente saíam blocos brutos para serem beneficiados no Sul do Estado.

Essa nova fase teve seu nascimento nos anos 80 e se expandiu a partir da gestão anterior do prefeito Enivaldo dos Anjos, entre 1989 e 1992, quando implantou a Vila Industrial como um marco dos novos tempos.

Neste momento, com sua fundação sobre as bases sólidas dos negócios lastreados no uso da terra e do que ela pode nos dar – seja por meio da exploração comercial ou da agricultura familiar, que também é forte entre nós – e da exploração das riquezas que vêm do solo (as nossas rochas ornamentais), temos o prenúncio de uma quarta fase, a saber:

A FASE DA LOGÍSTICA - que podemos pensar em termos de logística, serviços e tecnologia, com melhorias de nossa infraestrutura urbana, de transporte, de circulação de mercadorias e telecomunicações, de disponibilidade energética, criando um ambiente favorável aos negócios privados.

Esses são fatos que podemos considerar num recorte do Noroeste como os municípios polarizados entre Barra de São Francisco e Nova Venécia, mas precisamos ter em conta o polo de Colatina, com uma conformação mais ampliada e repercussão sobre o restante da região.

O que se constata é um grande salto de desenvolvimento, principalmente a partir da inclusão dos municípios acima do Rio Doce nos benefícios e incentivos da Sudene, ocorrida na segunda metade dos anos 90.

Vamos voltar o nosso recorte para a microrregião de Barra de São Francisco. O município tem dado sua contribuição, cuidando das pessoas, criando novas áreas de expansão, oferecendo incentivos naquilo que está ao seu alcance para que novos empreendimentos se estabeleçam e para melhorar o ambiente de negócios. O resultado já se vê, com geração recorde de empregos neste primeiro semestre.

O Estado tem comparecido com intervenções importantes, como a obra em execução de recapeamento do trecho da ES 080, entre Três Vendas e Água Doce do Norte e, agora, uma obra reivindicada há 40 anos e que nosso mandato assumiu como questão de honra: a pavimentação da ES 320, entre Barra de São Francisco e Santa Luzia, e de Santa Luzia a Mantenópolis.

Apesar da importância das intervenções públicas, no que lhe compete, o ator fundamental no desenvolvimento é o investidor privado. A Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico e Social do Noroeste quer ouvir os representantes dos poderes públicos estadual e municipais, as instituições de fomento, e também os representantes do setor privado, para compreendermos esse momento que estamos vivendo em nossa região, e definir o foco de seu trabalho.

Por isso, estamos constituindo um conselho consultivo, composto por representantes de todos os setores, para subsidiar nosso trabalho e proporcionar que o resultado da existência da Frente Parlamentar seja o mais efetivo possível para ajudar a região Noroeste a construir o seu futuro. Sobre as bases sólidas de seu passado e a visão projetada pelo seu presente.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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