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No confinamento, idosos estão mais suscetíveis a quedas

Vários são os fatores: estão mais ansiosos, angustiados, depressivos, dormindo mal e fazendo o uso de mais remédios psicotrópicos. Procure saber diariamente como estão os seus idosos

  • Fernando Marcarini Cavalcanti
Publicado em 04/11/2020 às 18h28
Idoso
Estima-se que 50% dos idosos acima de 80 anos caem uma vez por ano, dado considerado preocupante. Crédito: Pixabay

contexto da pandemia em que estamos vivendo tem levado muitos idosos ao confinamento. O distanciamento social se faz necessário, mas a atenção com esse público é necessária por parte dos familiares. Isso porque o fato de ficar em casa tem aumentado o risco de quedas nessa população. Vários são os fatores: estão mais ansiosos, angustiados, depressivos, dormindo mal e fazendo o uso de mais remédios psicotrópicos. Estima-se que 50% dos idosos acima de 80 anos caem uma vez por ano, dado considerado preocupante.

Cair aumenta o risco de novas quedas, pois o idoso adota uma marcha mais cautelosa, reduz a confiança em andar sozinho, perde sua independência funcional e se isola socialmente, comprometendo sua qualidade de vida.

E o idoso que perda sua independência e sua funcionalidade é um idoso doente.

E o que podemos fazer para mudar essa história? Devemos intervir nesses pacientes o mais precocemente possível, no intuito de minimizar os fatores de risco para quedas. Temos que encorajar todos os indivíduos acima de 65 anos a realizar uma avaliação, a identificar os possíveis fatores de risco e a planejar estratégias de prevenção, reorganização ambiental e de reabilitação funcional.

Mudanças básicas de rotina, do ambiente e atividades físicas podem prevenir quedas e ser grandes aliadas. Algumas mudanças básicas como iluminação, barras para apoio, retiradas de tapetes, adaptações no vaso sanitário podem salvar vidas.

E lembre-se: se o idoso que mora sozinho cair e tiver alguma fratura, ele pode aguardar alguém chegar. Procure saber diariamente como estão os seus idosos, vizinhos e as pessoas mais vulneráveis. Estar atentos a eles, sobretudo no momento de pandemia e isolamento social, faz toda diferença.

O autor é fisioterapeuta neurofuncional

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