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Como lidar com vizinhos barulhentos no condomínio durante a quarentena?

Evite ligar ou falar diretamente com o vizinho, isso pode ser interpretado como uma afronta ou sobreposição de direito, a não ser que você tenha um bom relacionamento com ele

  • João Xavier
Publicado em 17/07/2020 às 10h00
Atualizado em 17/07/2020 às 10h00
Mulher incomodada com barulho. Zumbido afeta 40 milhões de brasileiros
São tantos incômodos que até o nosso humor sofre alterações. Há dias que estamos mais flexíveis aos problemas, outros nem tanto. Crédito: Freepik

Com mais pessoas em seus lares, é inevitável a percepção de pequenas coisas no nosso dia a dia que não nos dávamos conta antes da pandemia. O filho do vizinho que brinca arrastando as cadeiras, o outro jogando bola dentro do apartamento, o vizinho que precisa se manter em forma e adaptou o apartamento como uma miniacademia, etc.

São tantas coisas que até o nosso humor sofre alterações. Há dias que estamos mais flexíveis aos problemas, outros nem tanto. Como lidar com esse turbilhão de emoções que pode mudar de uma hora para outra? Neste momento, alcançar o ponto de equilíbrio é fundamental e um exercício diário. Deve ser praticada a civilidade, o bom senso e o espírito de coletividade neste período tão complicado.

Em situações corriqueiras, o barulho já é um tema bem polêmico nos condomínios, agora com o isolamento social, está mais em evidência. Há pessoas que reclamam de tudo, desde o choro de um bebê recém-nascido, até mesmo do barulho do liquidificador do vizinho. É preciso ter calma e tentar encontrar a melhor forma de resolver a questão.

Nem sempre a aplicação de multas ou advertências são as melhores soluções. Todos os condomínios têm suas regras preestabelecidas pelo regulamento interno e, infelizmente, nem todos os moradores as conhecem. Isso não os isenta das responsabilidades de cumprir as normas. O morador deve ir até a administração e tirar todas as dúvidas, procurar o síndico ou o administrador do seu condomínio.

Evite ligar ou falar diretamente com o vizinho, isso pode ser interpretado como uma afronta ou sobreposição de direito, a não ser que você tenha um bom relacionamento com ele e tenha certeza que será uma conversa amigável. Após as 22h, evite arrastar móveis, assista TV com volume moderado, evite conversar alto nas varandas e, se tiver em confraternização dentro dos apartamentos, mantenha um tom moderado de conversa com as visitas.

Outra solução que vem sendo aplicada e com bons resultados é a liberação dos salões de festas, salões de jogos e outras áreas de uso comum, como um coworking, um espaço compartilhado para as pessoas trabalharem e conseguirem fazer suas reuniões virtuais e telefonemas.

Tudo isso mantendo o distanciamento entre as pessoas, uso de máscara e todos os meios de proteção contra a disseminação da Covid-19. O mais importante neste momento é praticar a política da boa vizinhança, ser tolerante, se colocar no lugar do outro e ter respeito, essas são dicas infalíveis para um bom convívio em condomínio.

O autor é síndico profissional, especialista em gestão condominial, especialista em implantação de novos condomínios. 

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