Publicado em 7 de julho de 2020 às 08:00
- Atualizado há 5 anos
A terceira idade é considerada grupo de risco da COVID-19 e por isso a segurança e o isolamento ao redor dessa parcela da população é intensificada. Porém, a ansiedade do momento e a falta de contato social podem causar danos à saúde mental dos idosos. Essa tensão pode, inclusive, levar à redução da imunidade do organismo e deixá-los mais expostos ao vírus. >
“Os idosos podem desenvolver uma crise de ansiedade diante da pandemia”, informa a gestora de terapeutas ocupacionais da rede de residenciais senior Terça da Serra, Pâmela Puga. A família, então, assume um papel fundamental nessa situação. “Não é necessário criar um alarde sobre o número de contaminados e mortes no mundo, porém é necessário ter uma conversa clara e carinhosa com o idosos, para que ele se sinta acolhido”. É importante também lembrá-los que o isolamento é necessário, mas a fase é passageira. >
Mesmo que não seja possível estar fisicamente perto, como é o caso de famílias que passam a quarentena separadas, telefonemas, chamadas de vídeo, cartas, bilhetes e fotos podem ajudar o indivíduo a se sentir querido pelos seus familiares e amigos. “É bom reforçar que o momento atual é somente de distanciamento social: o cuidado e a união devem permanecer mesmo de longe”, afirma Pâmela.>
Há atividades, também, que podem ser realizadas pelos idosos em seu dia-a-dia para estimular o sistema cognitivo e a socialização. Entre elas estão planejar o seu dia, cuidar da aparência, organizar álbuns de fotografias, escrever cartas para amigos e familiares distantes, contar histórias sobre sua vida para os membros mais novos da família, participar de jogos, ouvir músicas, pintar e ler.>
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Isso vai depender do grau de entendimento do idoso. Quando ele apresenta a lucidez intacta, a terapeuta ocupacional recomenda que se repita as informações e as medidas de segurança sempre que necessário. “Pode ser útil colocar a informação em escrito, ou em pinturas. É importante também, ao se dar notícias sobre o assunto atual, cercar o idoso de sua rede de apoio”, explica a terapeuta ocupacional.>
Para um idoso que possui alguma doença cognitiva, como Alzheimer e outras doenças, a situação é mais delicada. ”É fundamental reforçar que está tudo bem, que é só uma fase diferente, e organizar a rotina dele para que não sinta prejudicado e desorientado. É recomendado também evitar conversas sobre alarmante sobre o assunto”, reforça>
Pâmela. Nesses casos, é necessário consultar um profissional, como uma terapeuta ocupacional, para organizar a nova rotina do indivíduo e propor atividades no lar.>
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