Autor(a) Convidado(a)
É CEO da Alfaiataria de Ideias e Fundador do Exagerado

Como as lojas físicas podem competir com os preços da internet?

As lojas físicas ainda têm expressão. Mas perdem no preço, fator decisivo para fechar a compra. Os lojistas se questionam qual a solução para liquidar o estoque que fica e competir com o preço da internet

  • Victor de Castro É CEO da Alfaiataria de Ideias e Fundador do Exagerado
Publicado em 18/04/2024 às 11h32
Exagerado
Exagerado, evento de varejo capixaba. Crédito: Pedro Oliver/Divulgação

O mercado de varejo sofre muitas mudanças constantemente. Isso inclui as estratégias de venda. Com a internet, muito se questionou sobre o fim das lojas físicas. Isso não aconteceu, mas fez com que os lojistas usassem a criatividade e se reinventassem. A questão voltou à tona durante a pandemia de 2020, quando nenhuma loja física podia ficar aberta. Quatro anos depois, mais uma vez a criatividade provou ser a grande força do empresário do mercado varejista e fez com que as lojas físicas permanecessem.

É claro que o e-commerce tem seu poder. O Brasil é o nono país com o maior mercado de roupas e acessórios do mundo. Apesar de comprar majoritariamente online, as lojas físicas ainda têm expressão por aqui. Mas perdem no preço, fator decisivo para fechar a compra. Então, os lojistas se questionam qual a solução para liquidar o estoque que fica e competir com o preço da internet. A resposta é a cultura “low price” e, claro, muita criatividade.

Essa cultura consiste em colocar o preço mais baixo possível com o intuito de liquidar o estoque parado que está ocupando espaço, liberando para a chegada de novas coleções. Isso funciona graças a taxa de sobre estoque, uma taxa de produtos que não é vendido por inúmeros motivos. No mercado da moda, isso pode variar entre 20% e 25%, ou seja, de 100 produtos expostos, 20 voltarão para o estoque, porque mudou a estação, a moda passou ou está perecendo. Mas as vendas dos outros 80 produtos já cobriram os custos da coleção e agora resta retirar o que sobrou.

Eventos de varejo que trabalham com essa cultura são soluções viáveis para lojistas que precisam renovar o estoque e para os consumidores que querem comprar barato sem perder a capacidade de sentir a peça, algo impossível na compra online. O Exagerado, evento de varejo capixaba, foi pensado exatamente para solucionar essas questões e ainda promover entretenimento e experiências, levando pessoas diferentes para conhecer o produto exposto com que, em condições normais, jamais teriam contato.

É claro que daqui um tempo o varejo precisará se reinventar mais uma vez. Uma nova geração ganhará poder de compra, uma nova tecnologia surgirá, uma notícia bombástica vai mexer na economia… e mais uma vez quem vai separar o joio do trigo é a criatividade e o preço competitivo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Comércio Compras Varejo Comércio eletrônico E-commerce

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.