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É engenheiro e diretor-geral da Natufert

Agricultura pode ser uma aliada no combate às mudanças climáticas

Uso de técnicas de manejo que conservem a natureza possibilita a melhora na produtividade das áreas agrícolas, porque o solo com recursos naturais preservados passa a ser um sistema menos exposto a problemas

  • Daniel Pinho É engenheiro e diretor-geral da Natufert
Publicado em 19/11/2021 às 14h00

Conferência do Clima deste ano terminou com uma meta audaciosa assinada por 100 países, inclusive pelo Brasil: diminuir o desmatamento das florestas. Contudo, em nosso território, 25,6% de toda a área protegida está em propriedades rurais, de acordo com o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Por isso, é tão necessário que o setor agrícola adote estratégias que protejam o meio ambiente e combatam as mudanças climáticas. Nesse contexto, destaca-se a necessidade de utilização de fertilizantes que agregam benefícios à produtividade e ao solo. Afinal, com produtos com essas características é possível aumentar a produção agrícola das áreas já cultivadas sem a necessidade de abrir de novos campos, permitindo a manutenção de áreas nativas.

O uso de técnicas de manejo que conservem a natureza possibilita a melhora na produtividade das áreas agrícolas, porque o solo com recursos naturais preservados passa a ser um sistema menos exposto a problemas com erosões, por exemplo. Além disso, a manutenção do sistema produtivo de forma mais intensa e eficiente faz diminuir a emissão de gases prejudiciais ao ar. Isso acontece porque a plantação retém o carbono que iria para a atmosfera.

Ainda dentro das estratégias de estímulo ao desenvolvimento de agricultura sustentável, existe o programa “Agricultura de Baixo Carbono” (ABC), que tem o objetivo de estimular boas práticas na produção agrícola, como manejo de plantio direto, recuperação de áreas degradadas e sistemas de integração lavoura-pecuária. Na Conferência do Clima deste ano o programa foi apresentado como uma das principais estratégias de mitigação dos prejuízos dos gases causadores do efeito estufa.

Já a segunda etapa do programa, chamada de ABC+, agrega dois grandes objetivos: a preservação do meio ambiente e a segurança alimentar. A ideia é, até 2030, disseminar tecnologias para agricultura sustentável para mais 72 milhões de hectares de áreas apenas no Brasil, onde se pratica a agricultura, para promover a diminuição da emissão de aproximadamente 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono.

A agricultura moderna tem tecnologias suficientes para atingir a meta estipulada na COP26, contribuindo fortemente na diminuição dos efeitos danosos das mudanças climáticas e na conservação do meio ambiente, com a garantia de produzir alimentos para uma população crescente.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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