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Afinal, o que queremos para as nossas cidades?

Muito se fala em cidade inteligente, geralmente associada à tecnologia. Contudo, além desse debate, é preciso considerar que muitas pautas básicas ainda não foram alcançadas, como saneamento básico, lazer, educação e saúde

  • Leandro Lino
Publicado em 30/11/2020 às 05h00
É preciso olhar para os mais jovens na oferta de educação de qualidade e de opções de lazer
É preciso olhar para os mais jovens com oferta de educação de qualidade e de opções de lazer. Crédito: Brian Merrill/ Pixabay

Passadas as eleições municipais e ainda sob o efeito da pandemia que assola a população mundial, é importante que nossos novos gestores municipais e os representantes de seu Legislativo (responsáveis pela criação de leis e fiscalização do Poder Executivo), façam uma leitura ampla do território ao qual está inserido seu município. Ou seja, além de uma avaliação sobre a gestão fiscal de seu município, também é importante avaliar seu território e levantar e analisar seus reais problemas, cada local com sua particularidade. Esta atividade também cabe ao Legislativo, já que, para criar leis e fiscalizar o Executivo, deve-se conhecer o município para saber cobrar de nossos governantes.

Para tanto, é preciso avaliar seus municípios não só em seu contexto interno, como em sua inserção nos meios regionais, estadual e nacional. Afinal de contas, como é o dia a dia de seus moradores, mesmo sobre os possíveis efeitos da quarentena? Vivem nas mesmas condições nos diferentes locais do município? Quais são suas necessidades prioritárias? Essas demandas são atendidas apenas nas cidades em que residem ou é preciso buscar em outras?

Muito se fala em cidade inteligente e muitas vezes associando o termo à tecnologia, sobretudo com conexões à internet e sua "interconectividade". Neste contexto, discutem a famosa "internet das coisas", que tem tudo para revolucionar a dinâmica de um determinado local.

Contudo, além deste debate, deve-se avaliar e considerar muitas discussões básicas, envolvendo pautas que já deveriam ser consideradas ultrapassadas no país, mas que persistem nos debates da conjuntura brasileira. Entre elas, saneamento básico, lazer, educação, saúde, entre outras que são essenciais para manter minimamente a qualidade de vida de seus moradores.

Isso sem contar as necessidades das áreas mais vulneráveis. Não se pode discutir o futuro de qualquer local, sem considerar a resolutividade dos problemas destes pontos mais sensíveis. Para isso, é necessário levantar e avaliar suas reais demandas e atuar de modo localizado.

Somente por meio de uma atuação mais localizada e mais resolutiva, se terá condições de construir cidades mais harmônicas e inclusivas, tanto do ponto de vista social, quanto econômico e ambiental.

É preciso olhar para os mais jovens, tanto na oferta de uma educação de qualidade, quanto de opções de lazer e entretenimento, já que eles serão “o futuro da nação". E sem se esquecer dos mais idosos, que de algum modo, contribuíram para o desenvolvimento das nossas cidades.

Afinal, o que queremos para nossas cidades? Não seria um lugar com paz, tranquilidade e convivência harmônica entre seus moradores?

O autor é vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES)

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