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É arquiteto, urbanista e artista 3D

A arquitetura move a cidade para o futuro

O futuro da mobilidade passa por projetos que respeitem o meio ambiente, priorizem o deslocamento ativo e entendam que cidades são feitas para pessoas

  • Murillo Paoli É arquiteto, urbanista e artista 3D
Publicado em 15/12/2025 às 16h51

Esta segunda, dia 15, é o Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista no Brasil. Celebrar esta data é reconhecer profissionais que transformam espaços em possibilidades. Mais do que desenhar e projetar imóveis, interiores, espaços, a arquitetura é uma área que toca diretamente nosso bem-estar coletivo.

E, nos últimos anos, a discussão sobre mobilidade urbana tornou-se uma das pautas centrais desse olhar mais humano para as cidades. Afinal, viver bem também significa conseguir se deslocar com segurança, conforto e fluidez.

A mobilidade urbana é resultado de escolhas: como organizamos o transporte público, como conectamos bairros, como tratamos ciclistas e pedestres e como planejamos o crescimento das cidades. E é aí que o arquiteto e urbanista ganha protagonismo — ele não apenas cria estruturas, mas pensa em soluções integradas, sustentáveis e inclusivas.

Vitória pode ser um exemplo de como um planejamento urbano inteligente faz diferença. A geografia naturalmente limitada desafia a expansão, exigindo criatividade e visão estratégica.

Nos últimos anos, têm ganhado espaço discussões sobre ciclovias mais conectadas, calçadas acessíveis, passarelas mais seguras, transporte público integrado e políticas que reduzam a dependência de automóveis, mas ainda há muito para melhorias que, quando somadas, impactarão diretamente a qualidade de vida de quem mora, trabalha e circula pela cidade.

Não poderia deixar de mencionar o Centro da Capital. Temos um potencial adormecido no bairro, com alguns projetos de revitalização que trouxeram maior valorização da área, mas o bairro ainda anseia por um retorno intenso dessa política de preservação do patrimônio e melhoria de sua dinâmica urbana.

Ciclovia da rua Jair Etienne Dessaune, em Bento Ferreira
Ciclovia da rua Jair Etienne Dessaune, em Bento Ferreira. Crédito: Vitor Jubini

Não é apenas reformar fachadas, mas criar caminhos mais seguros, fluidos e intuitivos. A arquitetura entra como protagonista quando se pensa em calçadas mais amplas, trajeto contínuo para pedestres, ciclovias que conectam pontos estratégicos e mobiliário urbano que incentiva permanência — bancos, sombreamento, áreas de convivência e cultura.

O olhar do arquiteto e urbanista ajuda a transformar o Centro em um espaço que acolhe, inspira e convida o cidadão a voltar.

O futuro da mobilidade passa por projetos que respeitem o meio ambiente, priorizem o deslocamento ativo e entendam que cidades são feitas para pessoas. É o arquiteto e urbanista que ajuda a enxergar esse futuro: uma Vitória com mais verde, com mais sombra, mais espaços públicos bem cuidados e trajetos suaves que convidem o cidadão a ocupar as ruas de forma plena.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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