Milhares de carros chineses no pátio do Porto TVV em Via Velha
Milhares de carros chineses no pátio do Porto TVV em Via Velha. Crédito: Carlos Alberto Silva

Investimentos em infraestrutura tornam ES o novo elo que conecta o Brasil ao mundo

Plano robusto de investimentos em portos, aeroportos, ferrovias, rodovias e polos industriais eleva Estado ao patamar de hub logístico

Tempo de leitura: 11min
Publicado em 02/12/2025 às 11h00

Por séculos, o Espírito Santo foi visto mais como obstáculo do que como ponte. A densa Mata Atlântica que cobria o território capixaba funcionava como uma “barreira verde” que impedia o acesso ao ouro explorado em Minas Gerais, no período do Brasil Colônia. Mas a geografia, que um dia serviu para esconder tesouros, hoje é estratégica para fazer as riquezas circularem. Muito além de um corredor para escoamento de commodities, o Estado tem se consolidado como hub logístico, que conecta o Brasil ao mundo. Essa transformação é sustentada por um robusto plano de investimentos em portos, rodovias, aeroportos, ferrovias e polos industriais, que vem sendo construído pelo poder público e pela iniciativa privada.

No levantamento feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), dos projetos a serem realizados entre 2024 e 2029, estão listados investimentos vultosos em obras estruturantes. São estimados R$ 10,3 bilhões para a duplicação da BR 101 e quase R$ 7 bilhões para terminais portuários — Imetame e Portocel, em Aracruz, e Porto Central, em Presidente Kennedy — todos em execução.

O estudo ainda aponta as oportunidades para os próximos anos, considerando projetos já na pauta logística do Espírito Santo, mas que não começaram a sair do papel, como a duplicação da BR 262, entre Viana e Conceição do Castelo; a duplicação da BR 259, de Colatina a João Neiva; a implantação da EF 118, de Santa Leopoldina a Anchieta; a obra da ES 466, entre Vila Velha e Viana; e a execução de megacomplexo logístico na Serra. Somados, esses investimentos chegam perto de R$ 20 bilhões.

Ricardo Ferraço
Ricardo Ferraço, vice-governador do ES. Crédito: Carlos Alberto Silva

Ricardo Ferraço

Vice-governador do ES

"São investimentos públicos e privados em todas as frentes, além do encaminhamento de soluções para questões estratégicas essenciais, como a renovação da concessão e duplicação da BR 101, a construção de uma nova rodovia — subida alternativa da BR 262 —, a ferrovia EF 118 e a discussão de uma alternativa de ligação do Espírito Santo com o Centro-Oeste, no contexto da renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA)."

Essa ligação com a região central a que Ferraço se refere é o contorno ferroviário de Belo Horizonte (MG), uma alternativa ao da Serra do Tigre, e seria uma exigência para a renovação da concessão da FCA pela empresa VLI, até 2056. O traçado poderia melhorar a atual conexão do Centro-Oeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo, favorecendo a logística para escoamento da produção do interior do país até os portos capixabas.

Estado competitivo

Embora não tenha a escala de São Paulo do ponto de vista logístico, conforme observa o economista Eduardo Araújo, o Espírito Santo é competitivo e se diferencia pela consistência: mantém disciplina fiscal, capacidade de investir uma parcela elevada da sua receita em infraestrutura — hoje, em torno de 20% — e apresenta um ambiente regulatório estável, o que transmite confiança e reduz o custo de capital para quem planeja investir no longo prazo.

“Essa solidez abriu espaço para projetos estratégicos. No Litoral Sul, o Porto Central avança para operações ligadas à energia e cargas gerais, enquanto, no Norte, o terminal da Imetame prepara uma estrutura voltada para contêineres e granéis”, pontua Araújo, mestre pela Universidade de Oxford, professor da Fucape e consultor do Tesouro Estadual.

A presença simultânea de dois empreendimentos privados dessa magnitude, prossegue o economista, não é comum no Brasil e indica que o mercado enxerga o Estado como alternativa logística real, especialmente para integrar o eixo Sudeste-Centro-Oeste e a nova economia de energia.

A destinação de 20% da receita para realizar investimentos em infraestrutura, feita pelo governo do Estado, é um componente também valorizado por Paulo Baraona, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

“No país, investe-se menos de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em infraestrutura, quando deveria ser pelo menos o dobro, o que gera uma grande desvantagem. Mas o Espírito Santo é fora da curva, não conheço outro Estado com investimento líquido como o nosso.”

O secretário de Estado de Desenvolvimento, Rogério Salume, ressalta que o percentual aplicado pelo governo capixaba é equivalente ao da China e de Singapura, dois dos países que tiveram maior crescimento nas últimas décadas com o que há, em sua avaliação, de mais moderno.

Salume não deixa de citar a vocação do Estado capixaba para ser um conector logístico, pela localização e pelos quilômetros de costa, mas destaca que os investimentos realizados focam além dessas características.

Evento Diálogos
Rogério Salume, secretário de Estado de Desenvolvimento. Crédito: Carlos Alberto Silva

Rogério Salum

Secretário de Estado de Desenvolvimento

"Estamos trabalhando fortemente para que o Espírito Santo deixe de ter só a vocação para ser, de fato, um Estado que tem no seu DNA, no dia a dia, a operação logística acontecendo. Com esse olhar para a infraestrutura, temos um diferencial para atrair empresas, oferecer mais mobilidade e ampliar a conectividade entre as regiões do Espírito Santo e do Estado, com o Brasil e o mundo."

Inovação modela logística e eleva para padrão internacional

Uma plataforma logística de padrão internacional, que integra três portos, três aeródromos, ferrovias, rodovias e abriga a primeira Zona de Processamento de Exportações (ZPE) privada do país é um trunfo do Espírito Santo para impulsionar o comércio exterior capixaba.

Lançado em 2025, o Parklog-ES é considerado um dos principais programas estruturantes do Estado em parceria com prefeituras e setor privado. O projeto abrange dez municípios do Norte, capitaneados por Aracruz.

Área do Portocel, em Aracruz
Parceria do poder público e de empresas cria o Parklog para impulsionar comércio exterior capixaba. Crédito: Rogério Sarmenghi/Divulgação

Para o vice-governador Ricardo Ferraço, o Parklog-ES inova ao estabelecer uma parceria público-privada que visa a otimizar e compartilhar recursos logísticos, além de solucionar questões que vão desde novos investimentos rodoviários e ferroviários até o suprimento de mão de obra qualificada.

Ferraço acredita que a concretização do projeto vai representar um salto na eficiência do comércio exterior do Espírito Santo e, ainda, será importante contribuição para a ampliação da abertura comercial do Brasil.

Philippe Masse, diretor-presidente da GDL Logística — empresa dry port com unidades em Cariacica e Viana — mostra-se bastante otimista com o Parklog-ES que, entre outras vantagens pontuadas por ele, vai ter portos de águas profundas.

“Hoje, o Espírito Santo tem porto com limitação e com transbordo, mas, com os novos terminais, vai passar a ter demanda para linhas de longo curso, o que abre uma perspectiva ainda maior para o Estado. Eu acredito que o complexo portuário da região vai ser uma vertente para desafogar o Porto de Santos (SP). Não tenho dúvidas que o posicionamento do Espírito Santo com esses novos ativos vai trazer muitas oportunidades”, diz.

Com a ampliação da estrutura portuária, a instalação da ZPE, do Grupo Imetame, torna-se mais um incentivo para a atração de novos empreendimentos para a região. O espaço, de cerca de 500 mil m², fica a poucos quilômetros de onde está sendo construído o Porto da Imetame, de Portocel e da área em Barra do Riacho que será desenvolvida pela Vports.

Mas, para chegar à área portuária, é preciso estrada — de ferro ou de asfalto. A secretária de Gestão Estratégica de Aracruz, Jeesala Coutinho, ressalta que as principais rodovias estaduais que cortam o município estão recebendo investimentos do governo do Estado, tanto na orla quanto na sede, para fazer ligações com as cidades vizinhas de Ibiraçu e João Neiva, também na área de influência do Parklog-ES.

Ela cita, ainda, a implantação dos corredores Norte e Sul, também pela gestão estadual, para tirar o tráfego pesado de dentro do município, sem contar a criação da ES 115, uma nova ligação do polo empresarial da Serra até o de Aracruz. A expectativa da secretária, agora, é aumentar a capacidade ferroviária para a cidade, investimento que está nas mãos da iniciativa privada.

Do que cabe à administração municipal, Jeesala afirma que o principal papel foi o de estabelecer legislações mais adequadas para atrair a instalação de empresas e realizar toda a expansão industrial, além de promover a capacitação de mão de obra. “Aracruz é o município âncora, mas entendemos que o crescimento será regional e os municípios vizinhos também estão se preparando para isso. Esperamos que o Parklog seja um exemplo para o Brasil.”

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), Bruno Lamas, destaca que preparar e qualificar a população é fundamental para manter o setor produtivo competitivo, especialmente em áreas estratégicas, que hoje lideram o ciclo de investimentos no Estado.

Bruno Lamas
Bruno Lamas, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, destaca oportunidades de formação gratuita. Crédito: Ascom//Secti

“Temos formação gratuita e de qualidade em diversos níveis, programas com bolsas de estudo, a Universidade Aberta Capixaba (Unac), além de escolas técnicas”, pontua, sobre as ferramentas que permitem ao Estado acompanhar o ritmo das transformações econômicas.

O impacto das obras de infraestrutura logística e mobilidade urbana no Espírito Santo é sentido por empresas de todos os portes, salienta o diretor-geral da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado (Aderes), Alberto Gavini.

“Esses investimentos reduzem o custo e o tempo de transporte de mercadorias e insumos, tornando os produtos capixabas mais competitivos nos mercados local e nacional. Essa eficiência logística permite que os pequenos empreendedores alcancem novos clientes e regiões com mais agilidade, estimulando o crescimento das vendas e a geração de renda. Além disso, as próprias obras de infraestrutura demandam materiais e serviços.”

Rotas do desenvolvimento

Enquanto o Parklog-ES dá os primeiros passos nesse modelo logístico, que o governo estadual pretende levar em 2026 também para o Sul, com o Parklog Sul, a Região Metropolitana tem municípios vocacionados para o setor e que integram uma cadeia operacional em constante avanço.

Com o título de Capital Estadual da Logística adquirido em lei de 2018, foi no período de 2021 a 2025 que Viana consolidou essa posição com a construção de mais de 202 mil m² de galpões logísticos — o equivalente a 50 campos de futebol. Além dos espaços já em operação, Viana ainda dispõe de 1,56 milhão de m² de áreas prontas para receber novos investimentos.

Essa oferta, observa a prefeitura, permite que novos empreendedores encontrem condições ideais para instalar centros de distribuição, indústrias e operações logísticas de grande porte.

Entre os players que já operam na cidade está a gigante do e-commerce Amazon, com um centro de distribuição de mercadorias para todo o Sudeste.

O prefeito de Viana, Wanderson Bueno, analisa que o fato de o município ser cortado por duas das principais rodovias federais — BR 101 e 262 — contribui para a conexão com outras regiões do país, sem contar a proximidade com portos e o Aeroporto de Vitória.

Mas a localização não é o único requisito facilitador. Bueno acrescenta que Viana tem gasoduto, fornecendo um importante insumo para as atividades industriais; termelétricas que funcionam 24 horas; e água em abundância — do Rio Jucu e outros mananciais — para as operações no município. “Construímos também uma política de governança para acelerar projetos na cidade, instituímos um escritório de negócios e todas as plataformas de licenciamento são eletrônicas”, enumera o prefeito.

Wanderson Bueno, prefeito de Viana
Wanderson Bueno, prefeito de Viana. Crédito: Divulgação

Wanderson Bueno

Prefeito de Viana

"Construímos também uma política de governança para acelerar projetos na cidade, instituímos um escritório de negócios e todas as plataformas de licenciamento são eletrônicas."

Também cortada pelas BRs 101 e 262, Cariacica registrou a abertura de quase 40 mil empresas no período de 2021 a 2025, segundo o prefeito Euclério Sampaio. Nesse universo, 10% estão diretamente ligadas às atividades logísticas, incluindo transporte rodoviário de cargas e passageiros, armazenagem e distribuição.

Com esse crescimento, o setor logístico se tornou um dos pilares da economia da cidade, reforçando a sua importância estratégica na Região Metropolitana.

A Prefeitura de Cariacica planeja ampliar os condomínios logísticos às margens da Rodovia do Contorno, já ocupada por 28 empresas do mesmo segmento. E, para atrair novos empreendedores, Euclério destaca os investimentos em diversas áreas.

Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica. Crédito: Arnaldo Peruzzo/ Divulgação
Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica. Crédito: Arnaldo Peruzzo/ Divulgação

Euclério Sampaio

Prefeito de Cariacica

"Estamos melhorando a qualidade do ensino, a saúde e a mobilidade urbana. Para as empresas virem para cá, precisamos dar condições. Hoje, temos mais de mil ruas drenadas e pavimentadas, tem iluminação por LED quase na cidade toda e reforço na segurança com a guarda e videomonitoramento."

A GDL Logística é uma empresa que usufrui dos benefícios da região. Atuando como porto seco, tem quatro unidades — três em Cariacica e uma em Viana — que somam quase 1,5 milhão de m² em área alfandegada e nacionalizada. É o maior operador logístico do Estado, com 750 funcionários e movimentando vários segmentos, especialmente, veículos e tecnologia.

Ritmo acelerado para acompanhar apetite do mercado

O mercado imobiliário corporativo do Espírito Santo acelerou o crescimento a partir de 2022, passando de 580 mil m² para mais de 1,4 milhão de m² no segundo trimestre de 2025, conforme aponta a consultoria Colliers.

E a ampliação dos condomínios logísticos vem acompanhada de uma baixa taxa de vacância, isto é, os galpões estão ocupados. O país atingiu o menor nível de espaços vazios nos últimos dez anos, encerrando o segundo trimestre de 2025 em 7,4%. No Espírito Santo, neste mesmo período avaliado, foi de 4%.

Operação da GDL, na Rodovia do Contorno, em Cariacica
Área da GDL Logística, em Cariacica, um dos maiores grupos de comércio exterior do ES. Crédito: Divulgação/GDL

Na Serra, está em construção o maior complexo logístico sustentável do país, Private Log, com investimento da ordem de R$ 2 bilhões. O município é base para empresas do setor, concentrando mais de 40% do mercado de galpões do Estado.

Para o prefeito Weverson Meireles, a vertente de crescimento para o parque industrial e logístico da cidade ainda é grande, com áreas regularizadas disponíveis para a instalação de novos negócios.

Uma das estratégias que a administração está adotando é o investimento em mobilidade. Com parceria do governo do Estado, Weverson destaca alguns projetos, como a ligação de Civit com a BR 101, criando um acesso da Norte-Sul à rodovia e também ao centro industrial.

O investimento, segundo a prefeitura, é importante para a logística e o transporte de cargas, vai facilitar o deslocamento entre os polos industriais da Serra e os principais corredores rodoviários do Espírito Santo.

Weverson destaca, ainda, o Contorno de Jacaraípe, também executado pelo governo do Estado, e que vai ser conectado em uma nova rodovia até Aracruz, facilitando o escoamento de produtos pelos portos do município vizinho.

“Em algum momento, alguém pensou que o crescimento de Aracruz seria negativo para a Serra. Mas não enxergamos o crescimento deles como adversário e, sim, como uma grande parceria e oportunidade de desenvolvimento regional.”

Weverson Meireles, prefeito da Serra
Weverson Meireles, prefeito da Serra. Crédito: Divulgação

Weverson Meireles

Prefeito da Serra

"Acreditamos que a Serra terá grandes oportunidades de parcerias e de desenvolvimento a partir do crescimento logístico do Estado."

Em Vila Velha, a maior concentração de grandes empreendimentos logísticos é no Polo Empresarial de Novo México e em áreas próximas à rodovia Darly Santos e à BR 101. Mas o município tem estratégias para expansão do setor, garantindo maior segurança jurídica, celeridade nos licenciamentos e simplificação administrativa.

Outra iniciativa é a revisão do Plano Diretor Municipal, que define zonas de interesse empresarial ao longo de eixos estratégicos, como a BR 388 e a Avenida Leste-Oeste. Uma ambição do município é se tornar referência em logística do comércio eletrônico. Para isso, traçou um plano para os próximos dez anos.

Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha. Crédito: Wesley Simo
Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha. Crédito: Wesley Simo

Arnaldinho Borgo

Prefeito de Vila Velha

"Vila Velha assume, de vez, o protagonismo logístico do Espírito Santo. Estamos construindo uma cidade preparada para receber grandes investimentos, gerar emprego e renda e impulsionar uma economia moderna, sustentável e conectada com o futuro – o que se traduz em mais oportunidades e qualidade de vida para os nossos moradores."
Área em Praia Mole vai receber terminal de petróleo
Terminal de Praia Mole, em Vitória, está recebendo investimentos e novas operações . Crédito: Divulgação

Com áreas já consolidadas, a Capital procura potencializar a sua vocação natural para atividades portuárias e de comércio exterior. Um dos investimentos recentes anunciados para Vitória é novo terminal especializado na transferência de petróleo entre navios, o Terminal de Granéis Líquidos (TGL) de Praia Mole, que será construído no Porto de Praia Mole.

“Vitória se consolida, cada vez mais, como um polo estratégico para o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil. A implantação do novo terminal representa um marco importante na nossa infraestrutura portuária, mais empregos, renda e arrecadação para o município.", aponta o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini. 

Lorenzo Pazolini (Republicanos), prefeito reeleito de Vitória, concede entrevista após sair vitorioso nas eleições de 2024
Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória. Crédito: PMV

Lorenzo Pazolini

Prefeito de Vitória

"Estamos falando de um equipamento moderno, que coloca Vitória em posição de destaque no cenário global da exportação de petróleo.”

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