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Saúde da mulher: entenda os riscos do DIU estar fora do lugar

Saúde da mulher: entenda os riscos do DIU estar fora do lugar

De acordo com especialistas, consultas de rotina são fundamentais após a colocação do dispositivo, a fim de verificar se ele está funcionando corretamente

Publicado em 16 de abril de 2024 às 09:00

DIU
É um método contraceptivo de longa duração com índice de falha abaixo de 1% Crédito: Shutterstock

Recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o DIU – Dispositivo Intrauterino – é um método contraceptivo de longa duração com índice de falha abaixo de 1%. No entanto, de acordo com especialistas, a eficácia do dispositivo depende do acompanhamento correto após a sua implantação, a fim de verificar se ele permanece no local e funcionando corretamente. Do contrário, o resultado pode ser desde gravidez indesejada até a necessidade de remoção por cirurgia.

Segundo a ginecologista e obstetra Anna Carolina Bimbato, da Unimed Vitória, o DIU é indicado para as pacientes que não desejam engravidar durante um longo período.

“Durante a inserção, ele deve ser posicionado no fundo do útero. Porém, em algumas situações, o útero acaba empurrando o DIU para baixo. Numa posição mais baixa, o DIU não confere a proteção necessária”, explica a médica.

Ainda segundo ela, a depender do lugar em que o DIU está, podem surgir diferentes problemas. “O primeiro é engravidar com o DIU no útero, o que pode elevar o risco de abortamento”, explica Anna Carolina Bimbato.

médica obstetra Anna Carolina Bimbato
Anna Carolina Bimbato explica sobre os riscos do DIU fora do lugar Crédito: Arquivo pessoal

"Também pode haver dor pélvica e sangramento. Em alguns casos, o DIU pode estar na cavidade abdominal, sendo necessária uma cirurgia para retirada"

Anna Carolina Bimbato

Ginecologista

A especialista pontua a importância das consultas de rotina. O exame de ultrassonografia é capaz de avaliar se o DIU está ou não posicionado corretamente. “É importante dizer que o DIU é um método muito eficaz, porém exige manutenção depois da inserção. Realizando as consultas de rotina dificilmente ocorrerão problemas".

A ginecologista e obstetra Vitória Madalena Bandeira afirma que, após a inserção do DIU, as mulheres devem comunicar ao seu médico caso haja mudanças no padrão da menstruação e nos fluxos vaginais, já que o DIU pode aumentar a frequência de corrimentos vaginais.

DIU hormonal, de cobre ou de prata?

Existem diferentes tipos de DIU: os hormonais (Kyleena e Mirena), o de prata, que têm duração de cinco anos, e o DIU de cobre, com duração de dez anos.

De acordo com Madalena, o DIU hormonal reduz o fluxo sanguíneo durante a menstruação. “Por isso, é indicado para pacientes que sofrem com cólica, que têm sangramento aumentado, até mesmo por mioma ou alguma outra condição específica, pois ele vai ter uma boa resposta”, esclarece.

Já o DIU de cobre e o de prata, que não possuem hormônios, costumam aumentar o fluxo menstrual. São indicados, por exemplo, para pacientes que já tiveram câncer de mama e, por isso, possuem contraindicação para uso de hormônios.

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