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Pode consumir whey protein sem treinar intensamente? Nutricionistas explicam

Pode consumir whey protein sem treinar intensamente? Nutricionistas explicam

O suplemento é conhecido por auxiliar no ganho de massa muscular, recuperação pós-treino e, em alguns casos, na perda de peso.

Isadora Lima

Reporter / imello@redegazeta.com.br

Publicado em 16 de julho de 2025 às 14:45

whey protein
O whey protein é um suplemento alimentar obtido a partir do soro do leite Crédito: Shutterstock

Cada vez mais o mundo fitness vem se reinventando, e a busca pela saúde se tornou o objetivo principal de muita gente. Com o crescimento desse universo, diversos produtos novos surgem no mercado, mas que nem sempre são para todo mundo. O tipo de corpo, o treino, a alimentação, tudo isso tem que ser levado em consideração na hora de adicionar suplementos na dieta. O recomendo é sempre procurar um nutricionista para entender quais são as suas necessidades individuais.

Por isso, Se Cuida conversou com os nutricionista Rafael Albergaria e Renata Manoeli para esclarecer: afinal, o whey protein pode ser consumido por quem não treina intensamente?

O whey protein é um suplemento alimentar obtido a partir do soro do leite, rico em proteínas de alta qualidade e aminoácidos essenciais para o corpo. É conhecido por auxiliar no ganho de massa muscular, recuperação pós-treino e, em alguns casos, na perda de peso.

"É um suplemento alimentar obtido a partir do soro do leite. Possui uma grande concentração de proteína de alto valor biológico, incluindo aminoácidos essenciais. Como a proteína já é processada ocorre uma rápida absorção pelo organismo, principalmente no whey hidrolisado", esclarece Renata Manoeli.

De acordo com Renata, qualquer pessoa que não inrege a quantidade adequada de proteínas diárias pode consumir. "Embora seja utilizado principalmente por praticantes de atividade física, de uma forma geral ele é indicado para qualquer pessoa que não consegue obter a ingestão adequada de proteínas por meio da alimentação".

Renata Manoeli, nutricionista
A  nutricionista Renata Manoeli  explica quem pode consumir o suplemento Crédito: Reprodução @Renatamanoeli

É comumente indicado para indivíduos com necessidades nutricionais aumentadas como idosos, pacientes oncológicos, bariátricos e pós-cirurgia, por exemplo

Renata Manoeli

Nutricionista

Benefícios do whey protein

1. Ganho de massa muscular (hipertrofia)

 • Contém alta concentração de proteínas e aminoácidos essenciais, como a leucina, que estimula a síntese de proteínas nos músculos.

 • Ideal para consumo após o treino, pois é de rápida absorção

 2. Recuperação muscular 

 • Ajuda a reparar os microdanos causados pelo exercício, acelerando a recuperação.

 • Reduz a dor muscular tardia (famosa “dor do dia seguinte”)

3. Emagrecimento com preservação de massa magra

• Proteína aumenta a saciedade, ajudando a controlar o apetite. 

 • Protege a massa muscular durante dietas com restrição calórica, evitando o efeito sanfona

Mas quem não treina intensamente pode consumir whey?

Renata e Rafael têm o mesma opinião: o whey protein pode ser consumido por quem não treina intesamente. No entanto, eles reforçam que é preciso avaliar se há a necessidade do consumo, como no caso, de uma existência de déficit de proteínas na dieta, ou outra condição relacionada. Quem prática atividade física, normalmente possui uma recomendação maior do suplemento.

Os profissionais reforçam que, embora seja seguro, o suplemento não é recomendado em alguns casos. "Existem algumas circunstâncias ou patologias que o consumo deve ser evitado ou utilizado somente sob orientação médica ou nutricional, como pacientes com doença renal ou hepática, indivíduos com alergia a proteína do leite ou intolerância à lactose, indivíduos em crise de artrite inflamatória (gota) ou aqueles que já tem um alto consumo de proteínas na alimentação", explica Renata.

Rafael diz que pessoas com alergia ao leite não devem consumir o suplemento, já que ele é derivado do soro do leite. Uma alternativa é optar por proteínas vegetais (como proteína de ervilha, arroz ou soja). "Já no caso do intolerantes à lactose, algumas versões podem conter a substância, principalmente as mais comuns, uma boa alternativa é o whey isolado que contém quantidades mínimas de lactose", diz o nutricionista. 

O suplemento pode substituir refeições?

Apenas o  consumo do whey protein não substitui uma refeição. Para Rafael, isso pode acontecer desde que o suplemento esteja combinado com outros nutrientes como carboidratos e gorduras. Renata recomenda que ele seja consumido em lanches por causa da praticidade. "Não substitui as grandes refeições como almoço e jantar pois precisamos de outros nutrientes além da proteína. Pensando em praticidade ele pode ser utilizado em lanches rápidos, em doses adequadas e combinados a outros alimentos", destaca a nutricionista.

Tipos de whey

1. Whey Concentrado (WPC):

 • Contém cerca de 70–80% de proteína

 • Possui um pouco de gordura e lactose

 • É o tipo mais comum e com melhor custo-benefício

 2. Whey Isolado (WPI):

 • Contém 90% ou mais de proteína

 • Tem níveis muito baixos de gordura e lactose

 • É indicado para quem tem intolerância à lactose ou busca uma proteína mais “pura”

3. Whey Hidrolisado (WPH):

• Já vem parcialmente “quebrado” (pré-digerido), facilitando a absorção

 • É o mais caro, geralmente usado em dietas específicas ou clínicas

O whey protein pode ser consumido de diversas formas, como misturado com água, leite ou adicionado a receitas como shakes e panquecas. A quantidade e o momento de consumo podem variar de acordo com os objetivos e a necessidade de cada indivíduo, sendo recomendado consultar um nutricionista para orientação personalizada.

Rafael Albergaria
Rafael Albergaria dá dicas de como escolher o suplemento Crédito: Divulgação Rafael Albergaria

Para escolher uma boa proteína o aluno deve optar por marcas certificadas e conceituadas

Rafael Albergaria

Nutricionista

Como escolher uma boa proteína?

1. A qualidade da fonte é crucial (se é uma proteína de alto valor biológico, a origem, se contém aditivos na composição) 

 2. O perfil de aminoácidos (verificar se contém aminoácidos essenciais, incluindo leucina, isoleucina e valina). 

 3. A quantidade de proteína por porção ( as principais fontes de proteína contém mais de 20g de proteína líquida em uma porção de 100g) 

 4. A digestibilidade (proteínas de fácil digestão são rapidamente absorvidas) 

 5. A quantidade gordura saturada e trans vinculada a proteína ( evitar alimentos ultraprocessados)

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