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BBB 24: Yasmin Brunet diz que tem síndrome do intestino irritável; o que é?

BBB 24: Yasmin Brunet diz que tem síndrome do intestino irritável; o que é?

Participante do BBB 24 falou sobre como a restrição de alimentos disponíveis na xepa. A condição pode ter implicações na qualidade de vida de quem a enfrenta

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 09:00

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Yasmin Brunet
Yasmin Brunet disse  que tem síndrome do intestino irritável. (Reprodução @Yasminbrunet)

A modelo Yasmin Brunet revelou aos seus colegas de BBB 24 que tem síndrome do intestino irritável e, por isso, não pode comer feijão ou grão-de-bico, que são leguminosas. 

Em conversa dentro da casa, ela explicou que não pode comer os alimentos que sobraram para a Xepa devido à condição. "Tô com raiva também porque ele acabou com nossa comida, não tem nada para comer. Não posso comer feijão, lentilha, nem grão-de-bico. Tenho síndrome do intestino irritável, tá me arregaçando isso, me fazendo muito mal. Ele acabou com o ovo, ele acabou com tudo. Vou comer arroz agora, vou viver de arroz", desabafou a modelo, se referindo ao Davi.

A médica nutróloga Marcella Garcez diz que a síndrome do cólon irritável é um distúrbio na motilidade intestinal, sem associação com alterações de estruturas do trato digestório, nem disfunções bioquímicas. "Geralmente se caracteriza por episódios de desconforto, dor e distensão abdominal, podendo estar acompanhados de diarreia e constipação. O diagnóstico não é fácil, pois pode ser confundida com algumas doenças mais graves. É essencialmente clínico, geralmente baseado nos sintomas, na ausência de sinais relevantes verificados no exame físico e eventualmente na visualização direta do intestino através da colonoscopia, para descartar diagnósticos diferenciais”, explica.

A médica explica que esses pacientes devem buscar uma dieta de baixa Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols (FODMAP) - uma sigla para designar carboidratos osmóticos, geralmente fibras, que podem ser de difícil digestão para algumas pessoas.

"E, portanto, devem evitar alimentos ricos em FODMAPs, entre eles: xarope de milho, mel, maçã, pera, manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de frutas, leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage, cebola, alho, alho-poró, trigo, cuscuz, farinha, massa, centeio, caqui, melancia, chicória, alcachofra, beterraba, aspargos, cenoura, quiabo, couve, lentilhas, grão-de-bico, feijão, ervilha, soja, damasco, pêssego, ameixa, lichia, couve-flor e cogumelos”, acrescenta. 

Essa é uma condição clínica que tem sido muito falada ultimamente. “O estresse é um fator desencadeante importante e esse tem aumentado muito atualmente, doenças psiquiátricas como depressão e ansiedade também são gatilhos de crises. Além de hábitos alimentares com o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados e pró-inflamatórios aliado a um estilo de vida inadequado com má qualidade de sono e sedentarismo”, explica a médica.

As pessoas com esses problemas de saúde acreditam que eles sejam causados somente pela alimentação, mas há estudos que relacionam o cérebro e as emoções com a origem. “No aparelho digestivo são sintetizadas a maior parte das substâncias chamadas neurotransmissores, como a serotonina, que atuam levando sinais e estímulos ao sistema nervoso e esse manda sinais ao organismo para sintetizar mais ou menos deles”, comenta Marcella Garcez.

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A comunicação entre o cérebro e o intestino deve ocorrer de forma adequada e depende de vários fatores como a dieta, o equilíbrio da microbiota intestinal, a prática moderada de atividade física, boa qualidade de sono e um controle adequado do estresse

Marcella Garcez
Médica nutróloga
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Além do tratamento clínico com reeducação alimentar e mudanças de estilo de vida, a médica explica que pode ser necessário o uso de medicamentos para controlar os sintomas. “Os tratamentos com probióticos suplementares específicos e individualizados também podem ajudar. Se os sintomas forem muito prevalentes, esse paciente deve procurar atendimento médico, para descartar outras patologias, identificar os gatilhos, reorganizar a dieta e o estilo de vida”, diz a médica.

Marcella diz que não há uma receita para o público, porque os alimentos que são causadores de desconforto digestivo para alguns portadores de Síndrome do Intestino Irritável, não são para outros. "Porém uma dieta equilibrada, variada e o mais natural possível, aliada à boa ingestão de água e estilo de vida saudável são boas dicas para todos”, finaliza.

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