Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 14:04
O fim do ano costuma trazer confraternizações, ceias festivas e sobremesas deliciosas, mas também riscos sérios para quem convive com alergias alimentares. Isso porque muitos pratos típicos dessa época levam ingredientes variados, misturas pouco comuns no dia a dia e preparações feitas por diferentes pessoas, o que aumenta as chances de contaminação cruzada ou consumo acidental de alimentos alergênicos. >
Os sintomas de alergia alimentar podem surgir rapidamente após a ingestão do alimento e incluem coceira, vermelhidão, urticária, inchaço nos lábios e olhos, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar. Em casos mais severos, podem ocorrer tontura, queda de pressão, desmaio e até anafilaxia, uma reação grave que exige atendimento imediato. >
Abaixo, a alergista e imunologista Dra. Brianna Nicoletti compartilha sete dicas fundamentais para prevenir acidentes durante as festas de final de ano. Confira! >
Segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cerca de 90% das alergias alimentares envolvem apenas oito alimentos: amendoim, castanhas, ovo, leite, trigo, soja, peixe e crustáceos . “Se você ou alguém da sua família tem alergia diagnosticada, é fundamental estar atento a esses alimentos ao planejar qualquer ceia ou comprar doces”, alerta a Dra. Brianna Nicoletti. >
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Nos meses de festas, é comum encontrar receitas “especiais”, mas isso não significa menos risco. “Verifique sempre a lista de ingredientes e procure por avisos como ‘pode conter traços de’. Mesmo vestígios podem desencadear reações graves”, explica a médica. >
Ao preparar pratos para pessoas com alergias, a manipulação faz toda a diferença. Use utensílios, tábuas e facas separadas, lave bem as mãos frequentemente e organize uma área livre de alérgenos para garantir que nem um traço de alergênico acabe em uma receita “inofensiva”. >
Se você for convidado para uma ceia ou evento, comunique ao anfitrião sobre sua alergia. “Explique quais alimentos devem ser evitados e peça para que os pratos alérgenos sejam sinalizados. Isso pode salvar vidas e evitar preocupações na hora do consumo”, afirma a Dra. Brianna Nicoletti. >
Pessoas com alergias graves devem estar preparadas para imprevistos. “Tenha à mão medicamentos prescritos, como anti-histamínicos ou adrenalina (se indicado), e um plano de ação com seu alergista. Informe amigos e familiares sobre como agir em caso de reação, inclusive realizando treinamento básico se possível”, recomenda a médica. >
Durante festas, muitos doces são feitos por terceiros e podem conter alérgenos ocultos. “Leve sua própria sobremesa, feita com ingredientes seguros, ou opte por receitas testadas. Isso reduz muito o risco de ingestão acidental de alérgenos”, recomenda a Dra. Brianna Nicoletti. >
A alergia alimentar não é algo a ser levado na brincadeira, especialmente em épocas de celebração. “Converse com seus filhos ou parentes jovens alérgicos sobre os riscos reais, o que ler em rótulos, e a importância de evitar comidas sem confirmação. Educar é prevenir”, ressalta a médica. >
Com consciência, planejamento e diálogo aberto, é possível aproveitar as festas com segurança. “A prevenção é sempre o melhor presente que podemos dar, não só para quem tem alergia, mas para todos ao redor”, conclui a Dra. Brianna Nicoletti. >
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