Publicado em 11 de julho de 2018 às 21:47
Jogadores de futebol que cabeceiam a bola com mais frequência podem ter mais problemas de equilíbrio do que outros atletas. É o que diz um estudo preliminar divulgado hoje, que será apresentado na Conferência de Concussão Esportiva da Academia Americana de Neurologia, em Indianápolis, nos EUA.>
"Cabeceamentos são impactos subconcussivos repetitivos que podem estar associados a problemas nas habilidades de pensar e memorizar", afirmou o autor do estudo John Jeka, PhD, da Universidade de Delaware, em Newark. "Mas o efeito no controle de equilíbrio ainda não havia sido estudado".>
Para este estudo, 20 jogadores de futebol foram recrutados na comunidade de Newark e fizeram um teste de equilíbrio em que tinham que caminhar ao longo de uma passarela revestida com espuma, de olhos fechados e sob duas condições: com e sem estimulação vestibular galvânica (GVS). Para a GVS, eletrodos foram colocados atrás de cada orelha para estimular os nervos que enviam mensagens do sistema de equilíbrio do ouvido interno para o cérebro. O estimulador pode fazer com que a pessoa sinta como se estivesse se movendo, quando não está. Nesse caso, os participantes sentiram que estavam caindo de lado.>
Os jogadores de futebol, que tinham uma idade média de 22 anos, também preencheram questionários sobre quantas vezes haviam cabeceado uma bola durante o ano anterior. Esse número de cabeceamentos variou de 16 a 2.100, com uma média de 451, ao longo de um ano para cada participante.>
>
"Os jogadores de futebol devem ter um bom equilíbrio para jogar bem, mas nossa pesquisa sugere que os cabeceamentos podem estar prejudicando o equilíbrio, o que é fundamental para todos os movimentos", explicou o autor do estudo, Fernando V. Santos, da Universidade de Delaware. "É importante que pesquisas adicionais sejam feitas para examinar mais de perto essa possível ligação com o equilíbrio e confirmar nossas descobertas em grupos maiores de pessoas".>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta