Publicado em 5 de abril de 2019 às 19:37
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Os diferentões>
Ter animais exóticos ou silvestres como pet ainda não é tão comum no Brasil, mas essa prática tem crescido cada dia mais. Cobras e lagartos, como jiboias e iguanas, são os preferidos dos "hobbystas", como se chamam os amantes destes bichinhos que geram medo em uns e amor em outros. Hoje, emprestei a coluna para o jornalista capixaba Fernando Mendes, que já teve diversas espécies e atualmente vive em São Paulo com cinco jiboias e uma python. Ainda tem uma teiu (tipo de lagarto) e uma iguana, que vivem em Vitória. Ele vai falar um pouquinho sobre esse mundo exótico, cheio de curiosidades.>
Conservação>
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É importante este mercado para o trabalho de conservação das espécies. Existem diversos casos, no mundo todo, de criatórios comerciais ajudando na repovoação de determinados biomas com espécies ameaçadas de extinção, como foi o caso da ararinha-azul, aqui no Brasil.>
Legalidade>
Recentemente o Brasil estadualizou a gestão de sua fauna, o que fez com que o número de criatórios comerciais autorizados pelo Ibama mais que dobrassem, aumentando a oferta de espécies e padrões de cobras. A expectativa agora é pela disponibilização de iguanas e teius.>
Diário de Golda>
Não me julguem pela aparência.>
Uai, gente! Cadê a Chloé? A tia Rachel me convidou para conhecê-la, mas acho que ela me viu, se assustou e correu. As pessoas continuam me julgando pela aparência. Affee!>
Já que o diário dela ficou aberto aqui, vou falar um pouco de mim. Quem sabe da próxima vez ela não fica com medo, né?>
Meu nome é Golda e eu sou uma jiboia argentina, mas moro no Brasil, com meu pai Fernando Mendes. Nós serpentes somos muito tranquilas e quase não damos trabalho.>
Depois de crescidinha, comemos geralmente de 21 em 21 dias apenas. O papai compra ratos congelados. Aí é só deixar descongelar e papar tudinho.>
Muita gente fica com dó deles e pergunta se eu poderia comer outras coisas ou ser vegana. Mas foi Papai do Céu quem me fez assim, é a minha natureza. E os ratinhos são a melhor opção para a minha saúde.>
Ao contrário do que muita gente pensa, nós somos muito dóceis. Como nascemos em cativeiro e fomos criadas em contato com vocês, seres humanos, desde pequenininhas, sabemos que não oferecemos riscos um para o outro, e a relação é de puro amor e respeito. Até porque eu nem tenho peçonha. Então, não me chame de venenosa.>
E quando não estou nos meus melhores dias, logo emito sinais para que meu pai me deixe quietinha. Todo mundo tem dias assim.>
Geralmente os nossos papais capricham nos terrários em que vivemos, com plantinhas, tocas, piscininha e uma pedra aquecida, que uso para ajudar na digestão e para me aquecer em dias mais frios. É o nosso cantinho.>
Espero encontrar a Chloé na próxima. Até mais pessoal!>
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